Prefeitura libera R$ 10 milhões de repasse emergência para finalizar greve de enfermeiros.

Campo Grande(MS) – O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, autorizou um adiantamento, em caráter excepcional, de R$ 10 milhões para a Santa Casa de Campo Grande. A prefeitura ainda não recebeu o valor repassado pelo Governo Federal e está em dia com as obrigações, mas , sensível a situação dos funcionários, fará o adiantamento para acabar com a greve .O secretário de Saúde, Marcelo Vilela, explica que o repasse depende de verba do Governo Federal, que chega ao município entre os dias 10 e 15 de cada mês. Quando o dinheiro cai na conta, a prefeitura tem mais 48 horas para o trâmite bancário, até que transfira para a Santa Casa a parcela do Teto da Média e Alta Complexidade.

 

Esta fórmula é a mesma usada com todos os outros prestadores de serviço, que também precisam aguardar a data certa para recebimento. A gestão passada deixou dívidas com o hospital no ano passado e a questão acabou indo para a Justiça. No dia 12 de janeiro de 2017 o prefeito regularizou a dívida, fazendo repasse de R$ 18 milhões referente ao mês de dezembro, que estava atrasado.A prefeitura fez um acordo com a Santa Casa para pagar os R$ 3, 250 milhões restantes do mês de novembro até o dia 31 de março. A partir desta data o prefeito Marquinhos Trad discutirá um novo contrato com a Santa Casa, para prestação de serviço por mais um ano.É importante pontuar que a prefeitura não é responsável pelo não cumprimento dos compromissos da Santa Casa com seus servidores.

A partir desta sexta-feira (10) a Santa Casa deixará de atender pacientes de demanda espontânea e receberá apenas emergências, conforme ofício enviado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) em ofício em janeiro de 2017 para o hospital. A decisão foi apresentada em reunião realizada entre a presidência da Santa Casa com representantes de entidades e organizações ligadas à saúde, na tarde desta quinta-feira (9).Para o presidente da Santa Casa Esacheu Nascimento, a restrição deve-se ao déficit em que o hospital se encontra, com falta de medicamentos e materiais e não poder arcar com os atendimentos que serão negados pelo município, além da determinação da Sesau.

São  200 atendimentos por dia em média, com a restrição,  150 pessoas deixarão de ser recebidas no hospital.  25% da demanda espontânea é classificada como área amarela ou vermelha e entram como emergência informa o  diretor técnico do hospital. O hospital também está em débido com fornecedores de medicamentos e materiais.

Participou da reunião a promotora da saúde pública, Filomena Depólito Fluminhan, que lamentou a decisão e disse esperar que seja uma medida provisória. Com informações da Assessoria de Imprensa 

Da redação

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