Clínica não atende renais crônicos a partir de segunda feira.

Campo Grande(MS) – Terceirizada do Hospital Evangélico de Dourados, a Clínica do Rim (Dinefro) anuncia que deixar de atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir do dia 15. O motivo, segundo comunicação extrajudicial, da  Associação de Renais Crônicos de Dourados (Renasul), é a falta de repasses que deveriam ser feitos pelo HE. Segundo o documento, a Clínica já tem um prejuízo de R$ 930 mil, ou R$ 30 mil por mês devido a falta de repasses. Para o presidente da Renasul, Feliciano Paiva, atualizados, os  valores podem chegar a R$ 1,3 milhão.

Segundo a Associação, além da falta de valores, a Dinefro está  sem contrato,  e a última renovação venceu em junho. “Sem condições financeiras para arcar com o serviço, a Dinefro será obrigada a suspender o serviço. O município diz que faz o repasse corretamente e que não tem condições de investir mais e o Hospital Evangélico, que passa por crise financeira, recorre ao Estado na busca de ajuda de custo. O HE alega que tem prejuízo de R$ 4.800 por mês. Neste jogo de empurra, quem sofre são os mais de 260 pacientes de Dourados”, destaca.

Socorro

Segundo o  presidente da Associação de Renais Crônicos (Renasul), Feliciano Paiva, os pacientes estão pedindo socorro. Ele diz que um ou dois dias sem hemodialise custam a vida do renal. “Talvez o poder público não saiba o sofrimento que é para o renal. Não tem como aguentar a falta a de sessões. O paciente vai morrer se nada for feito”, destaca.

Transplantes

Outro serviço que estaria parado em MS é o de transplantes de rins. Segundo Feliciano Paiva em Dourados, a fila só anda quando alguém morre. Segundo Feliciano o quarto andar da Santa Casa de Campo Grande já atende a todas as patologias no local onde em tese, segundo ele, deveria ser atendido  pessoas a serem transplantadas. “Para os transplantados, como eu, é muito difícil ver que os companheiros que ainda precisam da cirurgia não vão sair da máquina de hemodiálise. Muitos desistem do tratamento; desistem de viver este verdadeiro calvário que é fazer o tratamento em Mato Grosso do Sul”, lamenta, observando que a captação de rins em Dourados também caiu no esquecimento. A direção do HE não se pronunciou sobre a denuncia. Com informações do Dourados Agora

Da redação

Foto Divulgação.