Em assembleia, professores decidem por paralisação no dia 10 de junho

Campo Grande (MS)- Cerca de 450 trabalhadores em educação de todo o Mato Grosso do Sul, delegados dos 73 sindicatos filiados a Federação dos Trabalhadores em Educação de MS (FETEMS), aprovaram, em Assembleia Geral da categoria, na Federação, na tarde desta quarta-feira (1), um dia de paralisação nas Redes Estadual e Municipais de Ensino, no próximo 10 de junho, Dia Nacional de Lutas em defesa dos direitos da classe trabalhadora e da democracia.

De acordo com o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, a Assembleia Geral é a instância máxima de decisão da Federação. “Debatemos com a nossa categoria as perdas de direitos na educação pública, após as recentes declarações e decisões do atual governo interino de Michel Temer, por este motivo e por entendermos que a democracia deve ser soberana em nosso país, a nossa entidade irá aderir ao Dia Nacional de Luta, 10 de junho e vamos trabalhar para paralisar as unidades escolares e faremos uma grande mobilização em defesa dos nossos direitos aqui em Campo Grande, às 9h, na Praça do Rádio Clube”.

Entre as reivindicações, estão a defesa da democracia, contra o fim do piso salarial e da hora-atividade, contra a reforma da previdência e o fim da aposentadoria especial dos professores, contra a privatização das escolas públicas, através das Organizações Sociais e da militarização, contra a retirada da obrigatoriedade dos recursos da Educação Pública (18% da União e 25% dos Estados e Municípios) da Constituição Federal, contra a alteração do regime de partilha na exploração do Pré-sal que destinaria recursos para a educação e saúde.

A entidade também se posicionou contra a “Lei da Mordaça”, que está sendo debatida no Brasil e está em processo de votação na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande com o intuito de proibir e mandar para a cadeia os professores que debaterem em sala de aula questões de religião, sexualidade e política.