Campo Grande(MS) – A Polícia Federal encerrou no dia 21, deste mês as investigações junto com a Controladoria Geral da União, sobre o aterro sanitário de Campo Grande situado ao lado do “lixão” na saída para Sidrolândia. O processo licitatório para a para a execução do serviço público de coleta e tratamento dos resíduos sólidos (lixo) de Campo Grande-MS no período de 25 a 35 anos, estimada em mais de 1 bilhão de reais, também foi apurado.
As investigações eram de que recursos da concorrência para coleta e tratamento de resíduos foram usadas para a conclusão do aterro sanitário, e os mesmos empresários e suas empresas, conseguiram contratos por meio de licitação, direcionada. As obras do aterro iniciaram em 2006, paralisaram em 2008 e somente foram retomadas em 2012, após a Concorrência nº 66/2012 da Prefeitura Municipal. Sobre o aterro sanitário, as investigações revelam desvio de dinheiro público federal em superfaturamento, com o uso de materiais de qualidade e especificações menores aos pagos pelo Poder Público para a obra.
A Federal constatou simulação em licitação na execução da coleta e tratamento de resíduos sólidos em Campo Grande/MS, onde foram inseridas cláusulas restritivas que dificultaram e aumentam a participação de empresas interessadas. A conduta direcionou a contratação para determinado empreendimento, sendo que o consórcio de empresas vencedor não possuía o patrimônio exigido para participar do certame. Estudos demonstraram que valores pagos pela Prefeitura de Campo Grande/MS pelos serviços de coleta de lixo foram usados na compra de parte de uma fazenda em Porto Murtinho/MS, avaliada em mais de R$ 30 milhões.
A aquisição foi feita por meio de uma empresa cujos sócios são investigados e parentes de pessoas que ocupavam posições de decisão na Prefeitura Municipal à época. A controladoria Geral da União e a Policia Federal concluíram que houve crimes de corrupção, formação de quadrilha, falsidade ideológica, desvio de recurso públicos e de lavagem de dinheiro envolvendo 12 pessoas que foram indiciados. O Inquérito Policial será encaminhado à Procuradoria Regional da República junto ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região em São Paulo/SP para análise e sobre o oferecimento de denúncia perante aquele Tribunal. Com informações de Assessoria de Imprensa da Superintendência da Policia Federal de Campo Grande.
Da redação.