OUÇA: Epidemia de dengue prejudica doações de sangue e hemocentros adotam quarentena

Campo Grande (MS)- A epidemia de dengue, aliada ao Zika vírus e febre chicungunya já afeta o estoque de bolsas de sangue e plaquetas, especialmente da tipagem O negativo, nos bancos de sangue de todo o Estado. De acordo com a enfermeira do hemonúcleo da Santa Casa, Mariana Lima, o sangue doado oferece outras substâncias utilizadas em tratamento com pacientes.

Pessoas saudáveis apresentam uma contagem entre 150 mil e 400 mil plaquetas. Em quadro de dengue hemorrágica, por exemplo, esse número cai para menos de 100 mil. Devido à queda das plaquetas e à inflamação dos vasos, os pacientes apresentam tendência a sangramentos, necessitando com urgência de transfusão de plaquetas.  

Outro agravante, que vem prejudicando a manutenção dos estoques, é a adoção de um período de quarentena em relação as bolsas de sangue, em obediência a uma nota técnica do Ministério da Saúde. Além do fato de vários doadores assíduos terem contraído dengue, inviabilizando a doação, os bancos de sangue estão aguardando um período de sete dias para utilizar as bolsas em transfusões.

 

Após uma semana, caso o doador não tenha entrado em contato com o banco de sangue, a bolsa é liberada, pois significa que ele não apresentou sintomas de nenhuma das doenças. O mês de janeiro deve fechar com média de 120 doações por dia.