Vereadores querem começar 2016 livre da Coffe Break.

Campo Grande(MS) –  Relatório final da Comissão de Ética deve ser apresentado na próxima terça-feira, 22, último dia dos trabalhos legislativos na Câmara Municipal e vai pedir pelo arquivamento dos processos de quebra de decoro de nove vereadores investigados na Operação Coffee Break pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que pediu a denúncia doa acusados  Procuradoria Geral de Justiça no último dia 4. Com a eleição de João Rocha para a presidência da Casa, foi escolhido o vereador Marcos Alex (PT) para substituí-lo

Conforme o relatório final do Gaeco, assinado pelo promotor Marcos Alex Vera de Carvalho, a cassação de Bernal foi articulada por uma suposta organização criminosa, que seria integrada por 12 pessoas, entre as quais estariam os empresários João Alberto Kramp Amorim dos Santos (Proteco), João Roberto Baird (Itel Informática), Fábio Portela Machinsky e Carlos Eduardo Naegele (jornal Midiamax); o ex-governador André Puccinelli (PMDB); o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB); o então vice-prefeito Gilmar Antunes Olarte (PP), o ex-presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar Oliveira da Fonseca (PMDB), os vereadores Flávio Cesar (PTdob) e José Airton Saraiva (DEM) e os autores do pedido de cassação, Raimundo Nonato e Luiz Pedro Guimarães. Para comprovar o envolvimento do grupo, o Gaeco cita gravações telefônicas e depoimentos. No entanto, não gravações nem documentos assinados por Puccinelli que confirmem o seu envolvimento no caso. Já o crime de corrupção ativa teria sido cometido por sete pessoas: Amorim, Baird, Machinsky, Olarte, Mario Cesar, Flavio Cesar e Saraiva. João Rocha, presidente da Câmara, diz que vai cumprir o regimento interno.

Entre os acusados pelo crime de corrupção passiva estão 10 vereadores, incluindo-se o presidente da Câmara, João Rocha (PSDB), e o ex-vereador Alceu Bueno. Durante os trabalhos da Comissão, os membros chegaram aguardar o tempo do MPE para o envio da cópia dos depoimentos para iniciar a apuração. Hoje, eles não consideram relevante esperar o documento final do Gaeco para concluir o relatório. Por várias vezes o ex-presidente chegou a anunciar que, provavelmente o resultado seria apresentado no próximo ano, considerando que a Comissão não tinha prazos regimentais a serem cumpridos para apresentação do relatório final.