MS já registra dois casos de ferrugem asiática na safra 16/17 de soja

Campo Grande (MS)- Mato Grosso do Sul já registrou os dois primeiros casos de ferrugem asiática da soja na safra 2016/2017, segundo dados do Consórcio Antiferrugem, a parceria público-privada de combate a doença, que é uma das principais a atingir as lavouras da oleaginosa.

Os dois casos registrados até o momento no estado ocorreram na região sul. O primeiro em Dourados, a 214 quilômetros de Campo Grande, em uma planta de soja voluntária, também conhecida como soja guaxa. O foco foi confirmado pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no dia 3 de novembro.

O segundo caso ocorreu em uma lavoura comercial no município de Amambai, a 332 quilômetros de Campo Grande. Segundo o Consórcio, a planta doente foi identificada pelo pesquisador José Fernando Jurca Grigolli, da Fundação MS. A confirmação foi feita no dia 21 de novembro.

De acordo com o Consórcio, além do registro em Mato Grosso do Sul, foram confirmados mais 5 focos em lavouras comerciais do país, sendo 3 no Paraná e 2 em São Paulo. Entretanto, em plantas voluntárias a dispersão da doença é muito maior com ocorrências em São Paulo (7), Paraná (6), Rio Grande do Sul (5), Santa Catarina (2) e Mato Grosso (2).

O que é a ferrugem asiática

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ferrugem é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura e pode ocorrer em qualquer estádio fenológico da cultura.

 

Plantas infectadas apresentam desfolha precoce, comprometendo a formação e o enchimento de vagens, reduzindo o peso final dos grãos. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção. Portal G1/MS