OUÇA: Do campo às cidades, setor florestal transforma economia do leste de MS

Campo Grande (MS)- Paredões formados com a plantação de eucaliptos mudaram o cenário à beira da BR 262 na região leste de Mato Grosso do Sul. O ano de 2017 vai terminar com um milhão de hectares de florestas plantadas. Diferente das décadas de 70 e 80, quando começaram os primeiros plantios, hoje existe demanda para a produção. Com a chegada das indústrias de celulose, o setor florestal retomou o ritmo de crescimento nos últimos dez anos. Pinos e eucaliptos surgiram como a salvação para a recuperação das áreas degradadas, como explica o presidente da Reflore, a Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas, Moacir Reis. Ele faz uma avaliação do avanço do setor nos últimos anos.

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A madeira é o principal produto comercializado. Mas há espaço para a geração de energia através da biomassa, carvão vegetal para a siderurgia ou para o consumo doméstico e a para a produção de ferro gusa. O potencial de mercado atraiu a Eldorado Brasil para a cidade de Três Lagoas, com a meta de ser uma das maiores empresas de celulose do mundo. Marcelo Martins, gerente de produção da unidade  garante o cumprimento do objetivo. A meta era chegar a 1 milhão e 500 mil toneladas de celulose por ano. Em 2017, a expectativa é alcançar 200 mil toneladas a mais.

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Em parceria com o Senai, o empreendimento proporcionou a capacitação de mão de obra local e geração de oportunidades em toda a cadeia produtiva, destaca Marcelo Martins.

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Os institutos educacionais começaram a atender a demanda das empresas locais.  Em dados da Reflore são mais de cem mil vagas no segmento. Edson Italo Mainardi Jr. é coordenador dos cursos do eixo tecnológico de controle e processo industriais do campus do Instituto Federal de MS em Três Lagoas. O educador confirma que a demanda maior é por mão de obra técnica, porém com projeções para o ensino superior.

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Da indústria pro campo, o setor de florestas plantadas mudou também o cenário das propriedades. As árvores ganharam espaço em outras culturas e entre os rebanhos.  Alex Marcel Melotto, diretor executivo e pesquisador da Fundação MS, explica como funciona o sistema de produção integrado lavoura- pecuária e floresta.

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O pesquisador aponta as vantagens do sistema integrado agrosilvopastoril.

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Alexandre Scaff toca a propriedade herdada pela família com o sistema de integração de pecuária e floresta. A fazenda fica em Anastácio e até o ano de 2010, os 3.300 hectares eram só para o rebanho.

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O primeiro lote do produtor começou com 20 hectares, o segundo com 70 e  o terceiro com 140 hectares com a plantação das árvores. Pela complexidade do sistema, a colheita deve se encerrar em 2021. Por isso, Alexandre Scaff aconselha a buscar informação.

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Para o presidente da Reflore, Moacir Reis para continuar no mesmo ritmo de crescimento, o Estado precisa de suporte em toda a cadeia logística para o transporte de madeira.

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E para o futuro, além de Três Lagoas, o próximo polo de destaque de produção do setor florestal é Ribas do Rio Pardo.

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Foto: Celulose On Line

Música: Eucaliptos/ Jads e Jadson