OUÇA: 2ª fase da operação Deriva aplica R$ 3 milhões em multas e apreende 20 aeronaves

Campo Grande (MS)- Realizada em três estados, a Operação Deriva II, de combate a pulverização ilegal de agrotóxicos, interditou 20 aeronaves e aplicou R$ 3 milhões de reais em multas em Mato Grosso do Sul. A ação é uma continuidade ao trabalho feito na região de Chapadão do Sul, no primeiro semestre. Ao todo, 15 empresas de aviação agrícola, uma central de recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos e cinco propriedades rurais foram fiscalizadas em 12 municípios. O caso mais grave foi registrado em Ponta Porã, onde a empresa Agricenter Aviação Agrícola foi autuada em R$ 1 milhão e 600 mil reais , por usar produtos perigosos de forma ilegal em 10 mil hectares e por apresentar relatórios omissos. A operação envolveu onze instituições.

A Delegacia de Combate ao Crime Organizado , em conjunto com o Instituto de Criminalística da Polícia Civil, vistoriou 50 aeronaves e apreendeu  duas por manutenção irregular, falsidade ideológica quanto ao plano de voo e adulteração na numeração de peças do motor e no cubo de hélice. Já a Agência Nacional de Aviação fiscalizou 26 aeronaves e interditou 20. As principais irregularidades constatadas foram manutenção irregular, operação irregular, falhas na documentação e modificação de aeronaves sem aprovação da agência.

A perícia do Ministério Público do Trabalho (MPT) também identificou uma série de inconsistências em relação à segurança dos trabalhadores, tanto nas empresas de aviação agrícola quanto nas propriedades rurais, como destaca o procurador chefe do Ministério Público do Trabalho, Leontino Ferreira de Lima Júnior.

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O procurador diz que o resultado da operação foi positivo.

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Participaram da operação e encontraram irregularidades o Ibama, a  Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul (Iagro), com a apreensão de agrotóxicos em  sete empresas de aviação agrícola e quatro propriedades rurais.

A Operação Deriva integra uma série de fiscalizações ambientais conjuntas previstas para Mato Grosso do Sul e, nesta etapa, foi realizada simultaneamente nos Estados do Mato Grosso e do Paraná. Foram aplicados R$ 8,2 milhões em multas e houve a suspensão ou interdição de 48 aeronaves. As empresas atuavam nas cidades de Aral Moreira, Caarapó, Naviraí, Ponta Porã, Fátima do Sul, Maracaju, Rio Brilhante, Dourados, Sidrolândia, Naviraí, e Nova Alvorada do Sul, além de fazendas em Laguna Caarapã, Caarapó, e Itaquiraí.