Campo Grande (MS)- A Controladoria Geral da União fez um pente fino e encontrou quase 350 mil fraudes no Bolsa Família, programa de transferência de renda para quem vive em situação de vulnerabilidade social e extrema pobreza. Foram encontrados casos de pessoas que não tem direito ao benefício principalmente por que ganham rendimentos mensais acima de R$ 170,00, considerado o valor mínimo para definir quem pode receber o benefício. Entre os casos identificados recebem o Bolsa Família pessoas que tem casa própria, empresários, servidores públicos e até quem tem carro de luxo. Famílias com renda mensal de quase R$ 2 mil reais por pessoa também estão entre as irregularidades. Ao todo, o governo pagou R$ 1 bilhão e 300 milhões de reais a pessoas que não tem direito ao benefício. Mais de 13 milhões de pessoas recebem o benefício hoje. A Controladoria fez o pente fino em 2 milhões e meio de cadastros que apresentava algum tipo de inconsistência como endereço, CPF, e principalmente na renda mensal declarada. A CGU diz que já estão sendo procuradas as pessoas que receberam o benefício de forma irregular para que respondam criminalmente e devolvam o dinheiro ao governo. O coordenador geral de auditoria da área de desenvolvimento social da CGU, João Gabriel Pereira, diz que as falhas no Bolsa Família que permitem esse tipo de fraude, estão sendo aperfeiçoadas.
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O governo diz que já acionou mais de 3 mil famílias para que devolvam o dinheiro que receberam indevidamente. Elas já estão recebendo cartas com o aviso de que a fraude foi identificada e qual valor deve ser ressarcido. Das 3.200 famílias notificadas, apenas 23 resolveram devolver o dinheiro de forma espontânea. As demais serão acionadas na justiça, como informa Alberto Beltrame, ministro do desenvolvimento social.
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São Paulo é o estado com o maior número de fraudes identificadas, seguido pela Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco. O pente fino foi realizado entre os anos de 2016 e 2017. Desde 2016 quase 5 milhões de famílias foram excluídas do programa por que passaram a ter renda mensal acima do valor mínimo para ter direito ao benefício. Com informações da CBN
