OUÇA: Empresário e Médico ganham R$ 3 milhões em licitação em material hospitalar.

Campo Grande(MS) – A Federal  apreendeu 30 pastas no Hospital Universitário (HU),  na “Operação Again”, na manhã de quinta feira(25/01) em Campo Grande. Os documentos tem  contratos fraudulentos de compra de material envolvendo três empresas prestadoras de serviço. Dois médicos foram presos. Uma das empresas  é a Amplimed. A assessoria de imprensa do HU confirmou que há contratos de 2014 até hoje com a empresa. A PF apreendeu contratos de compra de material de hemodinâmica relacionados à Amplimed.

O crime consistia em fraudar licitações dos hospitais Universitário e Regional de Campo Grande com a prática de sobrepreço, e no desvio dos materiais comprados que eram esterilizados e depois reusados em   hospitais para clínicas particulares.  Técnicos da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União analisam  materiais declarados na compra e se foram de fato pra o hospital e se foram usados.

O médico acusado é Marcule Pedro Paulista Cavalcanti. Cardiologista concursado nos dois hospitais envolvidos e seria o responsável pela montagem da hemodinâmica do hospital da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems). A suspeita é que ele estivesse desviando materiais do hospital públicos para uso em clínicas particulares.

Jose Paulo Barbiere, da controladoria Geral da União, informa que a Amplimed foi criada pelo médico Pedro Cavalvanti e de R$ 6 milhões desviou R$ 3 milhões de Reais.

Os hospitais e clinicas particulares não teriam envolvimentos com os crimes. Somente os médicos e servidores. Os preços dos materiais  de Hemodinâmcias eram superfaturados. O delegado Marcelo Botelho., da Policia Federal, detalha sobre o envolvimento do empresário  Pablo Figueiredo da Amplimed Comércio de Produtos Hospitalares  e do cardiologista, Marcule Pedro Paulista Cavalcanti, nos crimes.

A investigação começou em junho de 2016 quando foi recebida denúncia envolvendo a empresa Amplimed que já havia aparecido durante a investigação Sangue Frio com o nome CUORE, porém não havia sido investigada na época, e mudou  a razão social.  A federal prossegue na investigação e inquirição de testemunhas. A policia descobriu que o dinheiro era usado em propina aos envolvidos. Ouça a reportagem da Rádiowebms.

João Flores Junior.

Foto RW.