Gonorreia comum espanta médicos: DST está forte e supera medicamento.

Campo Grande(MS) – Um homem do Reino Unido foi identificado com o caso de gonorreia, doença sexualmente transmissível, mais grave já observado. De acordo com o Serviço de Saúde do Reino Unido(PHE, em inglês), o homem foi contaminado com a bactéria durante uma viagem à Ásia e, até o momento, nenhum dos antibióticos testados fizeram efeito.A possibilidade de a doença se tornar resistente aos medicamentos atualmente disponíveis no mercado já havia sido notificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em julho de 2017, que afirmou que o principal motivo da resistência das bactérias seja o uso indiscriminado dos medicamentos, tornando-os, a longo prazo, ineficazes no organismo.Segundo a organização, estima-se que 78 milhões de pessoas sejam infectadas por ano e que a principal via de contaminação seja o sexo oral praticado sem preservativo.

O homem, que não teve o seu nome revelado, foi diagnosticado com a forma mais grave da doença até hoje registrada após não responder aos tratamentos usuais, uma combinação dos antibióticos azitromicina e ceftriaxona. As organizações de saúde do país estão em busca das pessoas que p

 

ossam ter se relacionado sexualmente com o rapaz, que estava em um relacionamento estável quando viajou para a Ásia e contraiu a infecção em um caso extraconjugal.Especialistas da NHS acreditam que somente um medicamento será capaz de curá-lo e estão aguardando algumas semanas para comprovar a possível eficácia da fórmula.

Em julho de 2017, a OMS analisou dados de 77 países e alertou para o alarmante aumento no número de casos de gonorreia adquirida através do sexo oral e com resistência aos tratamentos. E chamou atenção para o fato de que, sem camisinha, a superbactéria poderá se alastrar muito mais facilmente.

A doença atinge órgãos sexuais, reto e garganta – sendo através dessa última o modo mais favorável para que a bactéria se torne resistente aos medicamentos, uma vez que a dosagem de antibiótico é menor do que a usada quando a infecção acontece em outras áreas do corpo e que essa região está suscetível a um grande número de bactérias.

É possível o

correr transmissão da bactéria Neisseria gonorrhoeae através do sexo vaginal, anal ou oral. Nas práticas vaginais e anais, a infecção é transmitida por contato dos órgãos sexuais infectados. Já no sexo oral, é possível adquirir a bactéria durante a prática sem preservativo, alojando a bactéria na garganta até que ela seja transmitida a outra pessoa em uma próxima oportunidade.

Fonte Vix