Zé Teixeira critica uso de prisão para prestar depoimento na Vostok da Federal.

 

Campo Grande(MS) –  Em nota distribuída através de assessoria, o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) considerou “estranha” sua prisão na Operação Vostok –que apura  crimes  de fraudes em notas frias para justificar pagamentos de propinas– na quarta-feira (12/09) sem que ele tenha sido ouvido antes da ação policial. Ele também salientou que a ação ocorreu  dias antes do pleito  de outubro, na qual disputará novo mandato de deputado estadual.

Na nota o deputado  afirma que atua no ramo de compra e venda de gado na região de Mato Grosso do Sul há 50 anos. “Todos os meus endereços são de amplo conhecimento público e, estranhamente anterior à data da operação, nunca fui convidado, convocado e/ou solicitado pela justiça para prestar esclarecimentos”, pontua o comunicado.

O parlamentar destacou  decisões e trâmites judiciais, “mas não posso deixar de observar do fato acontecer faltando apenas 25 dias  da escolha eleitoral  em que é candidato a um novo mandato como deputado estadual”. Ele informou que seus advogados “estão providenciando o restabelecimento da verdade”. Sua defesa já apresentou pedido de revogação da prisão ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O gabinete de Zé Teixeira foi um dos locais vistoriados pela força-tarefa da Vostok na quarta-feira, assim como seu escritório em Dourados –sua base eleitoral. O deputado foi preso no hotel em que costuma se hospedar na Capital em dias de sessão na Assembleia Legislativa. Ele foi um dos 14 alvos de mandados de prisão e 41 de busca e apreensão na operação. O deputado está em prisão provisória no Presídio Militar, em Campo Grande, para onde também foi levado o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Márcio Monteiro –ex-secretário de Fazenda do Estado. A Corte de Contas emitiu nota reforçando que as acusações contra o conselheiro não têm relação com sua atuação no órgão, reforçando ainda que ele deve ter direito a ampla defesa no processo.

Da redação