Ouça; Cresce a quantidade de Brasileiros que desistiram de buscar pelo trabalho.

Estudo do IPEA  confirma tendência de crescimento do desalento no mercado de trabalho. Os desalentados são aquelas pessoas que estão em idade de trabalhar, gostariam de ter um emprego, mas desistiram de procurar porque perderam a esperança. No Brasil, o perfil mais comum nesta condição é o de mulheres, nordestinas, pouco escolarizadas e pobres.É o que diz o estudo sobre mercado de trabalho divulgado pelo Ipea, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. São mais de 4 milhões e 833 mil pessoas que não buscavam mais emprego no 2º trimestre de 2018. 203 mil a mais que no período anterior.

Nathália Maximino, de 30 anos, é formada em Nutrição e também é técnica em cozinha. Ela está há mais de 2 anos desempregada e explica porque não procura mais emprego. A maior parcela dos desalentados está entre 18 e 24 anos, o que corresponde a 25% do total.  A pesquisadora do IPEA  e uma das autoras do estudo, Maria Andreia Lameiras, ressalta que tem aumentado também o número de pessoas que perdem a ocupação e nem chegam a procurar um novo emprego. Ainda conforme o IPEA, a redução na taxa de desemprego ocorre mais porque as pessoas desistiram de procurar um trabalho do que pela expansão da população ocupada. Além disso, a maior parte dos empregos criados é no mercado informal.

O tempo que a pessoa fica desempregada também tem crescido. O percentual de quem fica mais de 2 anos procurando emprego saltou de 20%, no 2º trimestre de 2016, para 24%, no mesmo período deste ano.

Da redação

Foto Divulgação.