Governo informa que não tem vínculo com empresa investigada pela Federal.

Campo Grande(MS) – O Governo do Estado divulgou nota nesta sexta-feira (28), informando que não teve nenhum tipo de vínculo com a empresa Crediquali, organização da sociedade civil de Interesse Público (Oscip), antigo “Banco Cidadão”, ligada à Fundação de Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab)  e que é  investigada pela Polícia Federal. Um dos alvos foi o candidato a deputado federal pelo PRB, Wilton Acosta, ex-presidente da Funtrab. Em nota, o Governo informou que a empresa investigada não teve nenhum vínculo administrativo formal com o Estado, “apesar de ter ocupado as dependências físicas da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab-MS) até 2015, foi solicitada a deixar o local, no início do Governo de Reinaldo Azambuja”.

A nota ainda diz que “A Oscip não recebeu nenhum repasse de recursos financeiros do atual Governo. Sobreviveu, nesses anos, da gestão de ativos captados em governos anteriores. Nesse sentido, o Governo do Estado não tem qualquer domínio sobre os atos praticados no âmbito daquela instituição”. Além disso, finalizou que diante dos fatos, “o Governo do Estado determinou à Funtrab e à Controladoria Geral do Estado (CGE) que apurem a possibilidade de ocorrência de prejuízo ao erário e, nesse caso, tomem as medidas cabíveis para eventual responsabilização e ressarcimento”.

Em um evento contra a corrupção, o atual governador Reinaldo Azambuja disse que quem fez coisa errada vai ter que pagar.  “Tem que ver em cima de quem que está sendo feito a operação. Então tem que buscar. Você nomeia uma pessoa para ela trabalhar direito e não para fazer coisa errada. Se fizeram alguma coisa errada, eles tem que pagar pelo que fizeram. De forma alguma [governo Azambuja é suspeito]. Para nós é muito tranquilo, agora tem que ver o que foi feito. Quando você trabalha com 70 mil servidores públicos, sendo 40 mil da ativa, você pode muitas vezes ter algum que possa fazer alguma coisa errada. E se fez errado tem que ser punido pelo que fez”, comentou Azambuja.

OPERAÇÃO

A PF, em apoio à Promotoria do Patrimônio Público de Campo Grande, cumpriu na manhã desta sexta-feira quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de sequestro de veículo, relacionados às investigação sobre desvio de recursos públicos repassados à Instituição de Microcrédito Credquali, antigo “Banco do Cidadão”, ligada à Fundação de Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab). Um dos alvos foi o candidato a deputado federal pelo PRB, Wilton Acosta, ex-presidente da Funtrab. Na cada de Acosta, localizada no condomínio Residencial do Parque, em frente à sede do Ministério Público Estadual, no Parque dos Poderes. Três policiais chegaram  ás  7 horas da manhã, em  carro  descaraterizado. Uma hora depois, foram embora levando uma pasta.

O advogado Luiz Carlos Bueno acompanhou o cumprimento das ordens judiciais com Wilton e alegou que nenhum documento foi apreendido na residência. “Não localizaram documentos referentes à operação. Nenhum veículo foi apreendido no local”, disse Bueno. De acordo com as investigações, entre o segundo semestre de 2016 e primeiro semestre de 2017, recursos da entidade teriam sido utilizados indevidamente para a aquisição de bens privados e pagamentos de despesas particulares de ex-dirigentes e membros do Conselho Deliberativo, alvos das buscas na data de hoje.

Da redação

Foto Divulgação.