Seção Judiciária chefiada por Juiz é investigada por venda de armas; Odilon considera denuncia política.

Campo Grande(MS) – Depoimento de Jânio Alves de Souza, agente de Segurança Judiciária, da 3ª Vara Federal, em Campo Grande,  ao Ministério Público Federal diz que a seção judiciária, chefiada pelo então juiz federal Odilon de Oliveira, candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, pelo PDT, além de investigada por sumiço de dinheiro, também sofreu diligência por suspeita de venda de armamento. Declaração do segurança revela ainda que ele viajava a mando do então juiz para cidades como Corumbá, Dourados e Ponta Porã  onde   pegava dinheiro em espécie de bancos da Caixa ou Receita Federal e trazia para Campo Grande, onde a quantia era guardada em cofre instalado na 3ª Vara, agência da seção judiciária por Odilon.  De acordo com Jânio de Souza  em determinada ocasião,  a Caixa informou que transferiria para a agência situada no centro da cidade todo o dinheiro depositado em conta judicial na agência do banco, que funciona dentro do prédio da Justiça Federal. No entanto, US$ 250 mil não seguiram este caminho, ou seja, a soma foi tirada do banco e mantida em cofre da 3ª Vara, por razões desconhecidas e desapareceu..

Em  2016, ano em  que a corregedoria do TRF-3 descobriu o sumiço de R$ 11 milhões da seção judiciária conduzida por Odilon. Jânio Alves disse que, em 1999, servidores do Tribunal Regional Eleitoral da 3ª Região vieram em Campo Grande para investigar denúncias indicando que havia um esquema de venda de armamento de dentro da 3ª Vara. À época, armas apreendidas com traficantes, inicialmente iam para a Vara em questão. Jânio de Souza esclarece….

O segurança Jânio  fez varias  viagens para o interior do Estado por meio de “ofício” determinado por Odilon de Oliveira para trazer dinheiro.  Tais somas tinham sido apreendidas com suspeitos que teriam praticados crimes federais, como tráfico de droga. Ou seja, Jânio trás o dinheiro em espécie ao invés de as quantias serem transferidas via banco.Jânio Alves disse  que dentro da 3ª Vara Federal haviam dois cofres:

O Outro Lado ; Jedeão de Oliveira foi demitido em julho de 2016, suspeito de ter desviado as quantias confiscadas. Neste ano, ele prestou declarações  e disse que  é  inocente e que outras pessoas do lugar onde trabalhava tinham acesso aos cofres. O MPF determinou a Polícia Federal investigue o caso. Jedeão acusa o juiz de negociar sentença. Odilon de Oliveira foi à PF e ele mesmo pediu para que o depoimento em questão fosse investigado. Jedeão foi contratado pela Justiça Federal para atuar em cargo comissionado por indicação do próprio Odilon. Os dois são primos distantes. Jedeão mudou-se de Estado  por causa de ameaças ligadas ao caso. Já Odilon de Oliveira desqualificou a denúncia afirmando que Jedeão aproveitou-se do momento político, já que tornou-se candidato ao governo estadual.

Da redação

Foto Divulgação.