Campo Grande(MS) – Com vergonha de pedir ajuda, muitos agentes, praças, oficiais e inspetores das mais diversas instituições ligadas ao braço armado do Brasil não conseguem vencer o mal sozinhos e acabam se matando. Mais de 40 pessoas foram entrevistadas entre policiais militares, civis e federais, servidores do Corpo de Bombeiros e inspetores da Polícia Rodoviária Federal, psicólogos e psiquiatras a ideia é indicar serviços de ajuda disponíveis. Mais do que isso: chamar a atenção do poder público para o mal que atinge integrantes das corporações brasileiras e 320 milhões de pessoas no planeta.
Entre 1999 e 2018, cometeram suicídio, 47 agentes e delegados da Polícia Federal. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, são 5 mil e 800 suicídios a cada grupo de 100 mil habitantes. Somente na PF, a média sobe para 36,7. No mundo, 14 pessoas se matam a cada 100 mil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A situação preocupa Flávio Wenerck presidente do sindicato dos Policiais Federais, de Brasília, ele justifica que o trabalho do Policial é estressante
Estresse, desestímulo, jornada excessiva de trabalho e perseguição eram queixas presentes nos discursos de agentes e delegados da corporação que decidiram colocar um ponto-final à própria existência. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) publicada em outubro de 2016, intitulada Expectativa de Vida do Policial Rodoviário Federal, do Policial Federal e do Policial Civil do Distrito Federal, traz dados alarmantes sobre o estado mental dos homens e das mulheres responsáveis por zelar pela integridade dos cidadãos brasileiros. Flavio Werneck complementa
Quase 95% dos 40 entrevistados disseram ter estresse ocupacional, sendo 39% em grau elevado. Nas três forças mencionadas, 36% alegaram sofrer de algum tipo de doença mental. Ao considerar apenas o recorte da Polícia Civil do DF, esse índice sobe para 42%. Com Informações da Federação Nacional dos Policiais Federais
Da redação
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