Ex prefeita e ex secretario, acusados de fraudes com dinheiro da Educação

Campo  Grande(MS) – A Policia   Federal apreendeu R$ 2 milhões .418 mil  em dinheiro vivo durante cumprimento de mandados de busca e apreensão em operação que combate fraude milionária em licitações relacionadas ao transporte escolar da Prefeitura de Três Lagoas, na manhã de ontem.  A  ex-prefeita Márcia Moura (MDB) e o ex-secretário de Educação, Mário Grespan, são dois dos alvos da operação deflagrada pela PF e Controladoria-Geral da União, e foram detidos.  Estão sob investigação contratos que alcançam os R$ 12 milhões e 21 mandados de busca e apreensão são cumpridos em Três Lagoas, Campo Grande e Naviraí , além de Luís Antônio e Americana, municípios de São Paulo. Investigações apontam  ilegalidades em três licitações  sobre o  transporte escolar, com recursos federais oriundos do Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE).

Ex prefeita, Márcia Moura, estaria detida na federal

Foram identificados agentes públicos, empresários e particulares que participaram do direcionamento dos certames para que  fossem  vencidos por empresas pré-estabelecidas. Os procedimentos licitatórios e os contratos de prestação de serviços aconteceram entre  2015 a 2017. As licitações e contratos públicos sob investigação alcançaram  R$ 12 milhões, sendo que até o momento já foi identificado sobrepreço contratual de  R$ 1 milhão  e  600 mil  em razão dos direcionamentos. Além do cumprimento dos 21 mandados de busca e apreensão, 13 investigados foram intimados para comparecerem às Delegacias da Polícia Federal no Mato Grosso do Sul e em São Paulo para prestarem esclarecimentos sobre os fatos investigados, a medida movimentou  90 Policiais Federais e sete servidores da CGU.  Dois mandados foram cumpridos ainda na empresa Crisptur, com sede na cidade de Luis Antonio (SP) e filial em Três Lagoas, e no escritório de contabilidade Satelite II, também no município da região oeste do Estado. A operação recebeu o nome de “Atalhos” em alusão a um caminho mais curto, porém igualmente ilegal, entre o objeto da licitação, a prestação de serviços de transporte escolar e as fraudes praticadas pelos investigados para burlar os processos e superfaturar os contratos com a prefeitura.

Da redação

Foto Divulgação.