Ouça: Médico cobra R$ 5 mil para fazer cirurgia pelo SUS em paciente de Corumbá

Campo Grande(MS) – Ricardo da Fonseca Chauvet, de 57 anos, é suspeito de ter cobrado R$ 1 mil para retirar um pólipo do útero de uma paciente, de 25 anos, internada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na maternidade da Santa Casa de Corumbá, cidade a 419 quilômetros de Campo Grande. O pedido foi gravado em aúdio pela paciente, a estudante de direito  que  foi internada na unidade na manhã do dia 22 de abril   depois  fortes dores e sangramentos no útero. Por prescrição do médico, ela ficou internada na unidade até o dia seguinte para a realização de exames, mas só depois de um desmaio voltou a ser atendida pelo médico.

Segundo a estudante, Ricardo disse que a mulher estava de “frescura” e até fez insinuações sexuais durante um exame de toque. Com  dores  fortes e sangrando sem parar a  mulher estava  com medo de morrer e pedi para que ele fizesse alguma coisa. Foi então que ele me disse que me ajudaria, se eu ajudasse ele. De acordo com a mulher enquanto estava sozinha no quarto Ricardo teria perguntado para ela se ela faria uma faxina na casa dele por R$ 24,00.   É  preço que o Estado  paga  pela cirurgia. O médico então informou que não faria a retirada do pólipo  peo valor  e informou o preço que cobraria para fazer o procedimento.

A denuncia da moradora de Corumbá está nas redes sociais e até o momento o conselho Regional de Medicina e o conselho de Médicos de Mato Grosso do Sul , não se pronunciaram, sobre o pedido do médico, Ricardo da Fonseca Chauvet. O preço inicial cobrado pelo médico era R$ 5 mil, mas durante a conversa ele baixou para R$ 1 mil.  A mulher Estava com medo de morrer e  fugiu do hospital   as  22h do dia 23 de abril a jovem tentou registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil.  O casal procurou  hospital da Marinha onde a paciente chegou a ficar internada por mais de 16 dias. Ele fez a  primeira cirurgia para a retirada do pólipo, mas os sangramentos continuaram,  os médicos descobriram  e ela  desenvolveu  uma a de no mi ose. A demora no atendimento fez com que os sangramentos comprometessem outros órgãos e agora eu corro o risco de perder o útero;

A direção da Santa Casa de Corumbá abriu procedimento para apurar o caso. Mas o médico não foi afastado.

João Flores Junior

Foto Divulgação