Defensor acusado e condenado por roubo de joias volta ao trabalho

Campo Grande(MS) – O  defensor público de Mato Grosso do Sul, Carlos Eduardo Oliveira de Souza, 36 anos, Condenado a nove anos e quatro meses de prisão por envolvimento em roubo de joias e semijoias avaliadas em R$ 550 mil,  deve voltar ao trabalho nesta quinta-feira.   Ele  estava afastado por força de atestado médico desde o dia 7 de agosto, dois dias depois de ser sentenciado. Em nota, a Defensoria Pública informou que Carlos Eduardo ficará no cargo até que a ação que resultou na condenação, inclusive à perda do posto, até “o trânsito em julgado do processo”. Depois da sentença, a Corregedoria-Geral da Defensoria instaurou processo administrativo disciplinar contra o defensor. A investigação,  também ficará suspensa até que não haja mais recursos possíveis contra a decisão judicial. O órgão reforçou “que não há impedimento legal do retorno do defensor público ao trabalho” e que ainda não foi notificada da condenação.  E que  será comunicada quando a decisão da Justiça for definitiva.

Acusado estava afastamento por atestado medico.

Carlos Eduardo foi preso em 13 de dezembro de 2005 pelo crime  de roubo  em Campo Verde (MT). Ele e mais duas pessoas – Lídia Nunes Dantas e Laurencio Francisco da Silva – foram denunciados por terem rendido casal por 1h30 e roubado joias e semijoias avaliadas em R$ 550 mil. Várias joias não foram recuperadas durante investigação policial. Uma semana depois do crime, passou a responder em liberdade ao inquérito, convertido em ação criminal na Justiça de Campo Verde. Na condenação expedida no dia 5 de agosto deste ano, a juíza Caroline Schneider Guanaes Simões levou em conta a premeditação do crime, em que eles alugaram um carro  especialmente  para o roubo, a divisão de tarefas e o tempo em que as vítimas ficaram em poder dos ladrões.Com  os  agravantes, a pena inicial de sete anos de reclusão passou para nove anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado, além do pagamento de 50 dias-multa.