Campo Grande tem mais de 1.500 usuários de Crack , maior do Estado.

Campo Grande(MS) – Estudo da Confederação Nacional de Municípios, anunciado   na  segunda-feira confirma alto  consumo de crack em dez municípios de Mato Grosso do Sul. Os dados  estão no  mapa do Observatório do Crack e aponta  97% de 1.599 cidades brasileiras enfrentam problemas com drogas.

A circulação de crack  foi apontada por 73% dos Municípios que participaram do estudo. Trinta e quatro cidades do Estado aparecem no levantamento. Em Água Clara , Aral Moreira, Caarapó, Campo Grande, Coronel Sapucaia, Costa Rica, Itaquiraí, Paranaíba, São Gabriel do Oeste e Três Lagoas o índice  de uso  do subproduto da pasta da cocaína, é  alto. Nas cidades Amambaí, Camapuã, Cassilândia, Coxim, Deodápolis, Fátima do Sul, Japorã, Jardim, Maracaju, Novo Horizonte do Sul, Pedro Gomes, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Sete Quedas, o nível de consumo  é  considerado médio.  E considerado consumo  em  Corumbá, Jateí, Nioaque e Terenos. Não foram comunicados problemas pelos municípios de Bodoquena e Jaraguari.

Um dos pontos levantados é a capilaridade do problema, que alcança pequenas e grandes cidades, mais próximas ou distantes de grandes polos ou mesmo da fronteira do país. Isso porque 87,3% dos Municípios pesquisados são localidades de pequeno porte —  com menos  de 50 mil habitantes. O presidente da CNM, Glademir Aroldi, diz que o  alcance das drogas nos Municípios menores esbarra ainda na falta de recursos para enfrentar a temática. Nas cidades sul-mato-grossenses o  agravante  é a  localização geográfica. Por ser um estado que faz fronteira com Paraguai e Bolívia, é rota quase obrigatória do tráfico de drogas. Na Capital, o aumento no número de usuários é pode ser visto nas ruas, em especial na região da antiga rodoviária, no bairro Amambai.

O local se tornou uma verdadeira “cracolândia” .Campo Grande tem pouco mais de 100 leitos para todo tipo de tratamento psiquiátrico, enquanto levantamento da Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária) aponta mais de 1,6 mil moradores de rua que usam pasta base, a famosa “zuca”, e outras drogas.

Da redação