Depois de 2 anos Gaeco prende PMS graduados em crime de contrabando

Campo Grande(MS) – O contrabando de cigarro movimenta aproximadamente R$ 12 bilhões por ano no Brasil  com ajuda de PM graduados Ministério Público de Mato Grosso do Sul, através do  Grupo de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em conjunto com a Promotoria de Justiça da Auditoria Militar, Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), o Comando-Geral da Polícia Militar, e a Corregedoria-Geral da Polícia Militar, deflagraram na sexta feira  a Operação Oiketicus III: Avalanche, para cumprimento de 07 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da Auditoria Militar de Mato Grosso do Sul.Sete oficiais da Polícia Militar de MS foram presos na chamada ‘máfia dos cigarreiros’. Os mandados foram cumpridos em  Campo Grande, Coxim, Sidrolândia, Naviraí, Aquidauana e Dourados. Os acusados  tinham  bom trânsito político, salários  acima de  R$ 20 mil e posições de  destaques na  Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública).Três dos detidos comandaram o DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Policia de  elite reconhecida  pelo combate aos crimes de contrabando  na fronteira. Um dos presos  Kleber Haddad Lane, era titular da Superintendência de Segurança Pública e Políticas Penitenciárias,   Sejusp . Os  militares estão envolvidos nos  crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Foi preso, Carlos da Silva (Tenente-coronel da PMMS) era  comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, sediado em Dourados,  oficial superior. Wesley  Ferreira de Araújo, tenente coronel da PM, Já atuou em setores estratégicos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, como inteligência, e foi lotado no TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado). Atualmente, era comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, sediado em  Naviraí, considerada como sede logística para esquema de cargas dos cigarreiros,  oficial superior na Sejusp.

Josafá Pereira Dominioni tenente coronel PM.   Era comandante do 8º Batalhão da PM de Nova Andradina, também na região considerada estratégica para  contrabando e narcotráfico  em Mato Grosso do Sul, e já comandou toda a PMR-MS (Polícia Militar Rodoviária). Atualmente estava no comando da 5º Companhia Independente da Polícia Militar de Campo Grande.  Luiz Cesar de Souza Hercuelano, MAJOR  da PM,  assumiu o comando do 5º Batalhão da Polícia Militar de Coxim, onde era subcomandante até fevereiro de 2020.

Jidevaldo de Souza Lima Tenente coronel da Pm;  já havia sido condenado pela Justiça Militar a três anos e 10 meses por prevaricação e peculato, Jidevaldo foi comandante da Polícia Militar em Amambaí, na fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai. O caso transitou em julgado em junho de 2013, mas Jidevaldo foi beneficiado com extinção da pena em fevereiro de 2015, quando passou a ter efeito o indulto de Natal concedido tradicionalmente pela Presidência da República – no caso, o indulto de 2014. Em janeiro, assumiu a chefia da 4ª Seção do Estado Maior da PMMS, onde atuava na ‘Política e Planejamento de Logística’. Erivaldo Jose Duarte  tenente coronal da Pm Foi comandante da Polícia Militar em Sidrolândia, justamente quando a unidade foi assolada por uma operação contra corrupção. Vários comandados foram presos e na sequência ele pediu aposentadoria com salário proporcional. É conhecido pelas alcunhas de ‘poeirinha’, ou ‘gigante’.

Em 2018, com a Operação Oiketikus, a chamada máfia dos cigarreiros sofreu o primeiro golpe em MS, com a prisão de 29 policiais e é a primeira  vez, somente nos oficiais de alta patente que teriam mantido ativa a organização criminosa composta por policiais Militares que atuam na facilitação do contrabando de cigarros em Mato Grosso do Sul.

Da redação

Foto; Assessoria MPE