OUÇA: Ricardo Moon é indiciado por homicídio doloso e dupla tentativa de homicídio.

Campo Grande(MS) – O policial rodoviário federal Ricardo Su Moon, de 46 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por cometer crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar, e por duas tentativas de homicídio. O PRF matou a tiros o empresário Adriano Correia, de 33 anos, no dia 31 de dezembro, em briga de trânsito no Centro de Campo Grande. De acordo com a delegada responsável pela investigação do caso, Daniela Kades, o conjunto de provas que engloba áudios das ligações feitas pelo policial ao Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), oitiva de 20 pessoas, entre elas 15 testemunhas, laudo da arma do policial e do local da confusão indicou para a polícia que Ricardo Moon teve intenção de matar Adriano. A policia ainda espera pelo laudo pericial para saber os motivos que levaram Moon a atirar em Adriano já que não houve briga.Ao todo, o inquérito tem 531 páginas e será remetido ao poder Judiciário. No entanto, uma série de laudos complementares, como da reprodução simulada e do corpo de delito dos dois sobreviventes, ainda será finalizada e anexada ao processo judicial. Ricardo continua detido na sede do Garras, na Capital. Para a Policia não houve legitima defesa.

Adriano Correia foi morto pelo policial rodoviário federal, atingido por cinco disparos, segundo a perícia. Ele sofreu duas perfurações no tórax, uma na costela e outra no braço direito. O crime aconteceu enquanto vítima e dois familiares retornavam de uma casa noturna onde foram comemorar aniversário. Informações da Polícia Civil apontam que Ricardo Moon teria disparado pelo menos sete vezes. O caso ocorreu na Avenida Presidente Ernesto Geisel, entre a Rua 26 de Agosto e a Avenida Fernando Corrêa da Costa, quase em frente à Capela da Pax Mundial. No cruzamento da 26 com a Ernesto Geisel, peritos apreenderam sete cápsulas de pistola, e mais uma perto do veículo da vítima. A assessoria da PRF em Mato Grosso do Sul afirmou que, na versão do policial preso em flagrante, ele teria tentado abordar a caminhonete Toyota Hilux conduzida por Adriano Correia, que teria desobedecido e avançado com o veículo na direção do agente. Diante da ocorrência, o policial, que dirigia uma Mitsubishi Pajero, teria perseguido a vítima e efetuado os disparos em seguida. A direção da DGPC nega que houve favorecimento da Policia na investigação.

 

Da redação

foro Valdenir Rezende/ Correio do Estado.