Campo Grande (MS)- O flagrante foi feito pelos servidores do Ministério Público Estadual em uma das linhas de transporte escolar, em Bela Vista, a 344 quilômetros de Campo Grande, fronteira com o Paraguai. Quando o motorista abriu as portas do carro, saíram cinco crianças. E no porta-malas, mais dois meninos estavam trancados. O caso foi descoberto há dois meses mas só agora foi divulgado pelo Ministério.
Oito alunos estavam voltando da escola no carro e o motorista confirmou que fazia esse transporte há tres anos. A empresa foi contratada pela prefeitura no início do ano para transportar alunos da zona rural.
O valor do contrato passa de R$ 288 mil reais. A empresa recebia por quilometro rodado para percorrer seis linhas. O Ministério Público descobriu que nem todo o percurso era feito e o carro descrito no contrato não era o que estava sendo usado. Pelo contrato teria que ser uma kombi ou uma van.
A suspeita é que a empresa de transporte pertença a o vereador Antônio Flávio Cabral do PMDB mas está em nome de outra pessoa. Foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa do parlamentar e foram encontrados documentos da empresa. O promotor Alexandre Estuqui Júnior acompanha o caso.
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Alexandre Estuqui Júnior destaca que esse não é um caso isolado em Mato Grosso do Sul.
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O prefeito de Bela Vista, Douglas Gomes, do PP, suspendeu o contrato e disse que não sabia da situação.
Imagens: Reprodução vídeo/ TV Morena