Campo Grande(MS) – Funcionando há um ano e oito meses e com o risco de fechar já anunciado, a Casa da Mulher Brasileira, a primeira do Brasil vive situação de preocupação real por causa do atraso no repasse de mais de R$ 4 milhões do governo federal para a manutenção do espaço. Na ultima sexta feira 50 funcionários terceirizados foram comunicados que só trabalham até terça-feira. A secretária municipal de políticas para as mulheres, Leide Pedroso, explica que com a extinção do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e a substituição do mesmo por uma secretaria dentro do Ministério da Justiça e Cidadania, após Michel Temer (PMDB) assumir a presidência, os recursos ficaram “travados”. Os demitidos atuam na copa, recepção, portaria, recursos humanos, manutenção, jardinagem, como motoristas e telefonistas foram informados das demissões também na sexta-feira (25).
Na semana passada, o prefeito Alcides Bernal (PP) reuniu-se com o ministro da Justiça Alexandre de Moraes para cobrar o repasse. O deputado Federal Luís Henrique Mandetta também agendou providencias em Brasília.
De fevereiro do ano passado até outubro deste ano, 109. Mil 285 atendimentos foram realizados na Casa da Mulher Brasileira, ou 5 mil e 400 por mês, média de 180 por dia -, que funciona 24 horas por dias, inclusive nos fins de semana e feriados. A casa faz acolhimento e a triagem das vítimas de violência doméstica, oferece atendimentos psicossocias, transporte, alimentação, alojamento e brinquedoteca, além de abrigar a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, 3.ª Vara de Violência Doméstica, Ministério Público, Defensoria Pública, Funsat e Guarda Municipal. A Casa Mulher da Brasileira fica na rua Brasília, s/nº, no Jardim Imá. Ouça a reportagem da Rádiowebms;
Da redação.
