Professores aprovam parcelamento do aumento na Capital

Campo Grande (MS)- Professores da rede municipal de ensino aprovaram hoje à noite proposta de reajuste salarial proposto pela Prefeitura de Campo Grande para o piso de 20 horas semanais.

Pelo que foi apresentado, a administração municipal concederia aumento de 0,25% todos os meses, até novembro e retroativo a janeiro deste ano, totalizando 2,75% de acréscimo salarial.

A proposta indica que, com o que for arrecadado com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), em dezembro, a prefeitura poderá conceder mais 5,77%, alcançando 8,52% de reajuste em 2017.

Em janeiro deste ano, vale ressaltar, o governo federal aplicou 7,64% de reajuste no Piso Nacional, que deveria ser seguido por todos os Estados e municípios. 

Segundo o presidente do Sindicato Campo-grandense de Professores (ACP), Lucílio Nobre, a administração municipal se posicionou ainda apta a conceder 6,3% de aumento em outubro, mas na condição da arrecadação municipal ter aumentado.Do contrário, mantém-se a proposta de 0,25% até novembro. Antes disso, em outubro, eles vão sentar e discutir a concessão dos 24% restantes que estão acumulados.

Há 13,01% de aumento previsto em lei de 2014 que não foi cumprido até hoje e ainda outros percentuais que indicam as perdas do período. Se forem contabilizados os 11,36% de aumento do Piso Nacional do ano passado, mais os 7,64% deste ano, têm-se 19% de reajuste não concedido. 

No ano passado, o percentual incorporado aos salários dos professores foi de apenas 3,31%, devido o ano eleitoral.

O ex-prefeito Alcides Bernal (PP) chegou a enviar para a Câmara de Vereadores proposta de aumento de 9,57%, mas foi rejeitada pelos parlamentares. 

Com isso, o então alcaide se valeu da lei eleitoral, que impedia qualquer alteração salarial em período de 180 dias antes das eleições e concedeu aumento de apenas 3,31%, referente à inflação do primeiro trimestre do ano passado. As demais categorias de servidores municipais não tiveram nem mesmo esse índice incorporado aos vencimentos.

Em 2015, o Ministério da Educação estabeleceu o piso R$ 1.917,78, que passou para R$ 2.135,64 no ano passado. Para este ano, levando-se em conta esses valores, o salário-base para quem trabalha 40 horas deve ser de pelo menos R$ 2,3 mil.  Correio do Estado