Campo Grande (MS)– Desde 2007, o Brasil conta com a Lei do Saneamento. Ainda assim, em regiões como o norte e nordeste do país, mais da metade da população não tem coleta e rede de tratamento de esgoto. Um retrocesso na visão do presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos.
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Quando o assunto é água, Mato Grosso do Sul tem 92% das residências com abastecimento, mas em termos de rede de esgoto ainda há muito o que fazer, como destaca o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental do Estado, Aroldo Ferreira Galvão.
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E quando chega a rede de esgoto, a melhoria da saúde pública é visível. Em doze anos, a taxa de redução de internações por doenças como diarreia, caiu 91% em Campo Grande. No mesmo período, a cobertura do serviço de saneamento chegou a 80%. O médico, com especialização em doenças infecto contagiosas, Joaquim Dias da Mota Longo relembra as principais doenças provocadas pela falta de saneamento.
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Em estados mais críticos, essas doenças podem levar à morte, relembra o médico Joaquim Longo.
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A cada US$ 1 investido em ações de saneamento, são economizados de US$ 30 a US$ 40 no sistema público de saúde. O mesmo raciocínio segue para as doenças que se proliferaram no último verão em todo o Brasil: a dengue, a zika e a febre chikungunya. Todas são transmitidas pelo mosquito, o aedes aegypti. O infectologista e pesquisador da Fiocruz, Rivaldo Venâncio fala da relação entre a falta serviço de saneamento com o mosquito.
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O presidente Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Aroldo Ferreira Galvão, vai além.
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Sílvio Cantero, presidente da Associação da Colônia Paraguaia , localizada no Jardim Pioneiro na Capital percebeu a importância de ter água tratada e rede de esgoto. O local recebe centenas de pessoas em dias de eventos.
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A Lei de Saneamento também abre espaço para o saneamento ecológico. Adriana Galbiati, engenheira ambiental, explica que é possível fazer um tratamento descentralizado, focado em recursos contidos no próprio esgoto doméstico. Sistemas foram criados para reaproveitar a água cinza e negra.
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As pequenas centrais de tratamento foram montadas em residências de Campo Grande, Corguinho e Dourados. Saneamento é uma obra de infra estrutura a longo prazo e deve ser prioridade para os agentes públicos, como avalia o presidente do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos.
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