Em greve, médicos da Central de Regulação atendem apenas urgência e emergência

Campo Grande (MS)- Sem receber há dois meses, médicos municipais que atuam na Central Estadual de Regulação (CERA) entraram em greve na manhã dessa segunda-feira (6) por tempo indeterminado. A paralisação foi decidida durante assembleia realizada no mês passado, dia 23. Com apenas 30% dos serviços funcionando, só estão sendo encaminhados casos de urgência e emergência, conforme Renato Figueiredo, diretor de Comunicação Social do Sindicato dos Médicos (Sinmed).

A Central de Regulação é responsável por encaminhar pacientes que chegam da macrorregião de Campo Grande às unidades hospitalares da Capital. Conforme Renato, até o momento nenhuma posição oficial por parte do Estado ou da Prefeitura foi repassada à classe. “Existem conversas extraoficiais de que esta semana vão fazer o pagamento, mas nada oficial. Esperamos que não seja apenas mais uma falsa promessa e que cumpram com a obrigação.

Ao todo cerca de 40 médicos realizam o serviço de controle do fluxo de pacientes na saúde da Capital. Destes, 80% são funcionários concursados da Prefeitura cedidos ao Estado, que por fim é responsável por repassar ao município mensalmente o equivalente às despesas com os servidores. “O valor mensal varia, não sei informar quanto”, frisou Renato.

Assim que o pagamento for efetuado os médicos encerram a greve e retornam aos atendimentos normais, porém até o momento não há previsão de que isso aconteça. “O Estado fala que repassou o valor de março e abril para pagar os médicos, a prefeitura fala que não repassou mas que vai efetuar o pagamento, enfim, nenhuma informação plausível sobre o motivo da interrupção dos pagamentos”, observou Renato. Correio do Estado