Neto mata avó, que o criou desde 10 anos, para pagar dívida de evento.

Campo Grande(MS)Para  pagar dívida de R$ 3 mil e 700 Reais,  Weikman Aguinaldo de Mattos Andrade da Silva, 21 anos, matou a avó, de 59 anos. Ele tentou encobrir o crime, fingindo que ela teria sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) por assaltante. O  caso foi  bairro Itamaracá, na rua Naor Lemes Barbosa. A forma como o neto matou,  Madalena Mariana de Mattos Silva, que o criava desde os 10 anos, foi brutal. Na madrugada de sexta-feira , ele rendeu a mulher com uma “gravata”, golpe de estrangulamento, e a fez desmaiar. Depois de perder os sentidos, o neto bateu a cabeça da avó contra o chão até a morte. Depois de matar a avo, o neto desapareceu. Em primeiro momento, o jovem negou participação no crime, mas não conseguiu explicar o desaparecimento da avó, que morava com ele.  Weikman foi preso e responderá pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.

A suspeita do crime surgiu quando a sobrinha da vítima foi à casa na sexta-feira e não encontrou a mulher e nem o jovem. Apesar de não dirigir, Madalena tinha um Celta e toda vez que saía pedia para um parente dirigir para ela .Na  visita, a sobrinha não viu o veículo também e achou estranho. Tentou contato com Weikman, mas ele não deu detalhes e tentou se esquivar. Outros familiares também ligaram para o rapaz, e a cada ligação ele contava uma história diferente. O desaparecimento foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do bairro Piratininga na manhã de sábado. O rapaz confessou que depois de asfixiar e bater a cabeça da avó no chão até a morte, ele retirou toda a roupa dela e lavou o corpo no banheiro.

 

Em seguida, usou edredon e capa de sofá para transportar Madalena até uma mata, aos fundos do bairro Itamaracá, perto da linha do trem. Ele também usou  o carro da vítima. Para parecer que ela tinha sido vítima de roubo, usou faca para perfurar o estômago dela. A avó, sem vida, ficou na vegetação. As roupas foram jogadas no córrego Venda e o carro foi abandonado no bairro São Lourenço, na Rua Caiová. Toda a cena tinha sido montada para  despistar a polícia sobre sua participação no assassinato. Weikman disse aos policiais que pretendia vender objetos da casa para levantar R$ 3,740. Sendo que R$ 3 mil seria uma dívida que ele não deu detalhes e os R$ 740 pagaria para uma pessoa por conta de eventos que ele promoveu e teve prejuízo.  Familiares do suspeito disseram ao delegado Juliano Carvalho Biassio que o rapaz não era problemático e não relataram sobre uso de droga. Reconheceram que havia alguns meses que ele estava mais distante da família. Aos 10 anos, ele deixou Cuiabá (MT) para viver a Madalena. A avó o criou como se fosse filho. Antes de crime, havia apenas boletim de ocorrência de desacato contra Weikman.

 

Da redação

Foto; Arlindo Floresntino; Midiamax.