Ex servidora flagrada recebendo propina é condenada e não fica presa.

Campo Grande(MS) – Roberlayne Patrícia Alves, ex-consultora técnica do Ministério da Saúde  foi condenada pela Justiça Federal a 5 anos de prisão por receber propina do Hospital do Câncer de Campo Grande.

No dia 15 de maio, em encontro com o diretor-presidente do hospital, Carlos Coimbra, em Brasília, a servidora exigiu R$ 50 mil para agilizar a liberação de R$ 1 milhão para a compra de dois equipamentos. Depois, cobrou mais R$ 100 mil em troca de emenda de R$ 1,6 milhões para a instituição  comprar  acelerador linear. À época, Coimbra procurou a promotora de Justiça, Paula Volpe, para denunciar o caso. Ela o aconselhou a acionar a PF (Polícia Federal), que detonou a investigação. Com a autorização do juiz federal Odilon de Oliveira, Coimbra depositou R$ 50 mil em uma conta bancária informada pela servidora.

O procedimento permitiu a PF rastrear a conta, de titularidade do pai de ex-namorado da funcionária do Ministério. Ainda sob orientação da polícia, o presidente do hospital marcou uma reunião com a servidora em Campo Grande para lhe entregar o restante da propina. Em uma sala monitorada por agentes da PF, com câmaras e escutas, Coimbra entregou R$ 100 mil, em sete folhas de cheque, quatro de R$ 10 mil e três, de R$ 20 mil. Mesmo flagrada em vídeo Roberlayne declarou que seguia ordens de superiores. Já para a polícia ela sustentou a história de que agiu sozinha. Apesar da condenação a acusada poderá responder o processo em Liberdade.

Da Redação

Foto Divulgação.