Ouça: Vereador que furtou gado em R. Verde deve ser afastado em 70 dias

Campo Grande(MS) – No dia 21 de maio deste ano, o  juiz Rafael Gustavo Mateucci Cassia, da Vara Única de Rio Verde do Mato Grosso, condenou o vereador da cidade, Fábio de Oliveira Souza, o Fabinho Borracheiro, 38 anos, do MDB, a quatro anos, quatro meses e seis dias de reclusão no semiaberto. No segundo mandato de vereador de Rio Verde, ele foi preso pelo crime em 7 de fevereiro de 2014. Mesmo com a acusação pesando sobre os seus ombros, ele  foi  reeleito com 285 votos em 2016. Na hora de votar, os moradores ignoraram as denúncias de roubo. Apesar da vergonha que deve causar aos políticos e eleitores honestos, Fabinho Borracheiro saiu no lucro. Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, o esquema criminoso de furtar gado teria ocorrido  entre 2012 e 2014. Na fazenda arrendada pelo emedebista, a polícia encontrou mais de 100 cabeças de gado, a maioria com a marca borrada. De acordo com o dono da fazenda, os animais eram desembarcados durante a noite ou madrugada. O representante do povo não tinha conta bancária nem cadastro na Iagro. Os animais eram  vendidos  em dinheiro vivo ou por meio de terceiros. Além da pena ser em regime semiaberto, o parlamentar não foi condenado por formação de quadrilha, apesar do juiz ter condenado outros três homens pelos crimes. Não foi condenado também a indenizar as vítimas do furto de gado praticada nos últimos dois anos. E ate agora  os 11 vereadores de Rio Verde ainda não pediram pela cassação do vereador ladrão de Gado

A Rádiowebms falou com o presidente da Casa Legislativa, Riovaldo Pires Martins  de 55 anos do Solidariedade, ele disse que o procedimento não aconteceu por falta de documento junto a comissão de ética da Câmara.

Em Rio Verde, Fabinho Borracheiro chegou a arrendar uma fazenda para colocar os animais furtados. Para a justiça  não há dúvidas do envolvimento do parlamentar com o crime. O processo de afastamento do vereador vai ser feito na casa de leis. O presidente da Câmara de Vereadores de Rio Verde, Riovaldo Pires Martins disse ainda que o processo de afastamento deve demorar até  70 dias. Ouça a reportagem da Rádiowebms.

João Flores Junior