Servidores, delegado, policiais, Conselheiro do TCE são presos na Ormetá

Campo Grande(MS) – Em mais uma fase da Operação Omertá, onde mais de duzentos policiais do Gaeco Grupo de Combate ao Crime organizado do Ministério Público de Mato Grosso do Sul cumpriu maios de  18 mandados de buscam e apreensão e prisão  em Campo Grande, Rio Negro e a cidade de Ponta Porã na Fronteira com Paraguai. Um dos presos é o delegado Márcio Shiro Obara, ex-titular da Delegacia Especializada de Homicídios.  O Gaeco  cumpriu mandado de busca e apreensão contra um investigador da Polícia Civil de MS, Célio Rodrigues Monteiro.

Em Ponta Porã, a polícia cercou  a  casa do empresário Fahd Jamil, que já foi investigado e condenado por narcotráfico.  Fuad e o  filho  não foram encontrados, Garras e Gaeco  fizeram  busca e apreensão em  uma  área  rural de Fahd, com equipes do Garras e do Gaeco. Alguns dos presos teriam ligações com Jamil Name,  que  está preso na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, desde novembro de 2018 e ainda com, o filho dele  Jamilzinho, os dois são investigados ainda nesta fase da Omertá.  Estão envolvidos na investigação e prisão,  Benevides Cândido Pereira conhecido como ‘Benê’, Célio Rodrigues Monteiro, Cinthya Name Belli, Everaldo Monteiro de Assis, Jamil Name, Jamil Name Filho, Lucas Silva Costa conhecido como ‘Lukinhas’, Jerson Domingues, Lucimar Calixto Ribeiro, Márcio Shiro Obara, Melciades Aldana conhecido como ‘Mariscal’, Rogério Luiz Phellipe, Marco Monteoliva, Flávio Correia Jamil Georges, Fahd Jamil e Frederico Maldonado Arruda conhecido como ‘Fred’. O delegado Obara  era  investigado na primeira fase da Omertà por receber propina no valor de R$ 100 mil depois do assassinato do policial da reserva e chefe da segurança da  ALEMS,  Ilson Figueiredo, em junho de 2018. Figueiredo teria sido executado em Campo Grande em vingança pela morte de Daniel Alvarez Georges, 43 anos, filho de Fahd Jamil. O chefe de segurança do Legislativo de Mato Grosso do Sul foi acusado de ‘sumir’ com Daniel em maio de 2011 e o corpo nunca foi localizado. As investigações também  aconteceram depois do assassinato de Matheus Coutinho que  foi  morto em frente de sua casa com tiros de fuzil, em abril de 2019. Na primeira fase da Omertà, o empresário Jamil Name, Jamil Name Filho,  e  policiais civis e guardas municipais foram presos por suspeita fazerem parte de suposta milícia armada.

As investigações   aconteceram  em abril de 2019,  para  apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier,  todas conduzidas pelo Garras. Na segunda fase da Operação Omertà, em março de 2020 foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Mato Grosso do Sul e em João Pessoa, na Paraíba. Em seguida, foi deflagrada nova fase depois  descoberta de suposto plano contra autoridades, entre elas promotor de Justiça do MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que atua no Gaeco. O Garras e o Bope, com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar,  prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão,   em  Campo Grande e Bonito, onde promoveram as ações  em setembro de 2018.

A ação levou à prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e militar do Exército, suspeitos de integrarem grupo para crimes de porte ilegal de armas, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros.

O Outro Lado ; Em nota anunciada na tarde de quinta feira, dia 18 a  Corregedoria-Geral da Polícia Civil informa que adotará as medidas necessárias para o afastamento compulsório dos servidores presos e encaminhará expediente solicitando ao Juízo da 7ª Vara Criminal o compartilhamento de provas e informações colhidas contra os policiais civis, as quais subsidiarão a instauração dos procedimentos administrativos disciplinares cabíveis nos termos do que disciplina a Lei Orgânica da Policia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul.// Integrantes do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul não comentram a prisão do ex deputado e ex presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos // A defesa do conselheiro, representada pelo advogado André Borges considerou a prisão arbitrária porque não se sabe os motivos.

Da redação

Foto Divulgação.