Campo Grande(MS) – A pandemia deixou os adolescentes, entre 12 a 17 anos, nervosos, ansiosos e de mau humor. Os problemas foram relatados por mais de 48% dos jovens ouvidos pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Unicamp. As medidas restritivas impostas para conter o novo coronavírus também aumentaram o sedentarismo, assim como o consumo de doces e congelados estre esses brasileiros. Além disso, o levantamento apontou que o sono também foi afetado, 24% dos adolescentes apresentaram problemas para dormir.
O estudo investigou, entre os meses de junho e setembro, as mudanças na rotina, estilo de vida, relações com familiares e amigos, nas atividades escolares e nos cuidados com a saúde. O resultado apontou um salto no percentual de adolescentes que não praticam sequer uma hora de atividade física durante a semana. Ainda segundo o levantamento, 70% dos jovens passaram a ficar mais de 4 horas por dia em frente ao computador, tablet ou celular, além do tempo das aulas on-line.
Sobre as dificuldades para acompanhar as aulas on-line, relataram ter dificuldade de concentração, falta de conexão com os professores e ausência de interação com amigos. O percentual dos estudantes que disseram estar entendendo pouco do conteúdo repassado de maneira virtual ultrapassou os 47% e 16% declararam que simplesmente não conseguem compreender as aulas. A pesquisa da Fiocruz entrevistou mais de 9 mil adolescentes, que responderam um questionário on-line entre os dias 27 de junho e 17 de setembro.
Da redação
