Campo Grande(MS) – Um estudo encomendado pela Fundação Lemann e produzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra o impacto da suspensão de aulas na pandemia. De acordo com os resultados da pesquisa, o aprendizado não realizado no país em 2020, pode ser superior à evolução de proficiência dos estudantes observada nos últimos quatro anos, tanto em matemática quanto em língua portuguesa.
Outro contexto com os mesmos estudos, apresentados com uma metodologia diferente, mostra que os alunos deixaram de aprender, em 2020, o equivalente a 72% de um ano típico para o Ensino Fundamental 2 e para o Ensino Médio, no cenário pessimista.
Daniela Caldeirinha, diretora de projetos da Fundação Lemann, lembra da dificuldade de manutenção de vínculo com as escolas e do desvio de atividades dos alunos, que muitas vezes se vêm obrigados a contribuir com atividades de trabalho
Rafael Parente, Phd em Educação, alerta para o fato de que o número de alunos sem acesso a nenhuma atividade dos portais digitais chega a 50% em algumas redes estaduais. Para ele, é preciso pensar em alternativos aos meios tecnológicos, como uso de materiais impressos ou dos canais de tvs ou rádios.
Enquanto novas metodologias são estudadas presenciais na pandemia. Uma plataforma anunciada recentemente, a Escola Segura, está disponível online com informações de protocolos, simuladores e checklist para orientar todas as etapas de planejamento de retornos. O Censo Escolar da Educação Básica de 2020 calcula que o País tem mais de 35 milhões de estudantes nas escolas públicas para reduzir a perda da aprendizagem, continuam os debates sobre o retorno às aulas.
Da redação
Foto: Henrique Kawaminam / CAMPO GRANDE NEWS
