Campo Grande(MS) – Diante do avanço de casos da covid-19 e das descobertas de novas variantes do coronavírus, pesquisadores trabalham na busca por um imunizante capaz de deter as cepas. E alguns estudos estão mais avançados. É o caso da pesquisa brasileira sobre eficácia da vacina BCG, usada para prevenir as formas mais graves de tuberculose na infância, e também reconhecida por gerar uma resposta imunológica contra outras infecções.
A Fiocruz segue recebendo voluntários para os testes com BCG. Podem participar do estudo, trabalhadores da saúde, como enfermeiros, médicos, técnicos, fisioterapeutas e recepcionistas maiores de 18 anos. Um dos critérios para ser voluntário é não ter sido infectado pela covid-19, nem estar participando de outro ensaio clínico. Os interessados passarão por entrevista e testagem, com a previsão de acompanhamento pelas equipes de pesquisa por até um ano.
A pneumologista e pesquisadora da Fundação, Margareth Dalcomo, responsável pelo estudo no Brasil, ressalta a importância desse trabalho. Entre os países que realizam o estudo, a Fiocruz destacou dois. Um ensaio clínico na Grécia, de revacinação com BCG em idosos, demonstrou uma redução de 79% de infecções respiratórias depois um ano de acompanhamento. Na África do Sul, experiências revelaram que a vacina reduziu em 73% as infecções no nariz, garganta e pulmões.