Ouça; De cada 100, 71 trabalhadores deixam ocupações por causa de mortes

Campo Grande(MS) – No primeiro trimestre deste ano, o número de desligamentos por mortes entre os empregados celetistas cresceu 71% na comparação com o mesmo período de 2020. É o que  revela  um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística de Estudos Socioeconômicos  DIEESE, apresentado em audiência pública na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, na quinta-feira (27)

O relatório também indica que o desligamento por morte dos assalariados de fevereiro a março deste ano está concentrado na faixa etária de 40 a 49 anos. Entre as mulheres, houve um aumento de 82% de mortes de trabalhadoras.

Patrícia Pelatieri, representante do Dieese, disse na audiência que a crise da pandemia impactou a renda, e que o salário de um trabalhador de ensino superior, por exemplo, caiu em média 9%

Conforme o estudo, 70% dos trabalhadores afirmam que em 2021 estão trabalhando mais que a jornada contratada. Segundo Pelatieri, a  sobrecarga acaba impactando a saúde mental causando ansiedade e estresse.

O estudo do Dieese também aponta as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores que continuaram com as atividades presenciais, como risco de ser infectado pela covid-19, seja no trajeto casa- empresa, como também no local em que trabalha.

Da redação