Casa Caiu ; Peça chave no desvio de R$ milhões é preso em Maracaju

Campo Grande(MS) – O  funcionário público comissionado,  Edmilson Alves Fernandes,  apontado como peça chave no crime de desvio de R$ 23 milhões da  prefeitura de Maracaju entre novembro de 2019 e 2020, foi preso  domingo (26), na segunda fase da operação Dark Money, que cumpriu mandados em Maracaju,  cidade distante á  160 quilômetros de Campo Grande,  desde o dia  22 deste mês, com a prisão de seis pessoas.

 

O rombo aconteceu na gestão do ex-prefeito o medico Dr Maurilio Ferreira Azambuja (MDB) que ficou foragido por três dias antes de se entregar na última sexta-feira (24).  O mandado de prisão preventiva foi cumprido na área rural de Maracaju, em uma ação conjunta entre policiais civis do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e da delegacia de Polícia de Maracaju. Também foram apreendidos dois veículos que estavam na posse de Edmilson . O homem foi encaminhado para o setor de carceragem da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).

Seis pessoas foram presas temporariamente. Imagens aéreas mostram a chegada do comboio trazendo os presos para a Capital. Os presos são: Lenilso Carvalho Antunes, o ex-secretário de finanças do município, Daiana Cristina Kuhn, que já foi secretária municipal de administração, Iasmin Cristaldo Cardoso, que atuou como diretora do Departamento de Tesouraria, Pedro Emerson Amaral Pinto – empresário dono da Tapeçaria Lobo e Fernando Martinelli Sartori, que atuou como assessor especial de gabinete.

Servidor Edmilson Alves Fernandes está preso na DERF.

Operação mirou servidores públicos

A ação mirou servidores públicos que atuaram no alto escalão do executivo municipal nos anos de 2019/2020, bem como empresários e empresas com envolvimento no esquema. O desvio dos cofres públicos chegou à ordem de R$ 23 milhões, segundo a polícia.

Ainda conforme o Dracco, foi constatada a criação de uma conta bancária de fachada, diversa da oficial e não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município, por onde foram promovidos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de 1 ano.

A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões, a empresas, sem qualquer embasamento jurídico para amparar os pagamentos.

Muitas das empresas beneficiárias dos valores não mantinham relação jurídica com a prefeitura — licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira. Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas. Foram encontrados alvos no Paraná. Um deles acabou localizado e preso em um hotel. As ações foram realizadas em Maracaju, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande e envolveram 60 policiais civis do Estado — e ainda na cidade de Umuarama através de uma equipe da Polícia Civil do Paraná. As investigações Continuam

 

Da redação

Foto Divulgação PC