Ouça; Mulher ainda recebe menos que homem, desigualdade é gritante e persiste

Campo Grande(MS) – Neste dia 8 de março comemorou-se o Dia Internacional das Mulheres. A data foi oficializada pela ONU, em 1975, mas lembra um momento muito anterior quando operárias de uma fábrica em Nova York entraram em greve, em 1857, para reivindicar melhores condições de trabalho. Elas foram trancadas na fábrica e, devido a um incêndio, 129 mulheres morreram.

Passados 165 anos da tragédia, muitas das pautas levantadas pelas americanas ainda precisam ser alcançadas no mundo. Para a presidente da Comissão Nacional de Mulheres da OAB, Cristiane Damasceno, um dos maiores desafios enfrentados pelas mulheres atualmente é o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

Uma pesquisa realizada por uma empresa de recrutamento verificou que, em 2021, as mulheres chegavam a ganhar 34% a menos do que os homens que desempenhavam a mesma função.

A diferença salarial, contudo, é menor em cargos de menor complexidade e entre as pessoas mais jovens, a advogada quilombola e ativista, Josefina Serra, defende que, apesar de ser um debate fundamental, quando se olha para as questões de raça e gênero, ainda há um longo caminho a percorrer.

As mulheres são a maioria da população brasileira, 52% do total segundo dados do IBGE. Mas são as que mais sofrem com o desemprego. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD) revelam que 17% das mulheres estão desempregadas, enquanto 11% dos homens estão nessa mesma condição.

Da redação

Foto Foto: CNM/CUT Diário do Rio / Ilustrativa