Ouça; Falta de absolvente prejudica a saúde física e atrapalha mulher na escola e trabalho

Campo Grande(MS) – Uma pesquisa sobre a pobreza menstrual mostrou que mais de 713 mil meninas e mulheres vivem em locais sem acesso à chuveiro ou vaso sanitário. Ainda de acordo com o relatório do Fundo de População das Nações Unidas e do UNICEF, cerca de 6 milhões e meio não tem acesso à rede de esgoto.

Essa situação faz parte da chamada pobreza menstrual, que é quando a mulher não tem condições de comprar um absorvente e não tem acesso às condições de higiene necessárias no período da menstruação. Para a oficial do programa para segurança de insumos em saúde sexual e reprodutiva do Fundo de População das Nações Unidas Brasil, Nair Souza, a pobreza menstrual denuncia problemas que dificultam o desenvolvimento de meninas e mulheres.

A pobreza menstrual acaba acarretando também problemas de saúde físicos por uso de estratégias inadequadas para contenção do fluxo menstrual. No último Dia Internacional da Mulher, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto para regulamentar o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. Cerca de 5 milhões e 600 mil mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade serão atendidas.

O programa foi criado por lei aprovada pelo Congresso Nacional e sofreu vetos da presidência com a justificativa de falta de previsão de fontes de custeio. Para a deputada federal do Amapá, Aline Gurgel, do Republicanos, a derrubada dos vetos feitos ao Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, no dia 10 de março é um avanço para a luta das mulheres.

Atualmente, um absorvente menstrual descartável custa em média, 30 centavos. Durante o período menstrual, é necessário a troca por cerca de cinco vezes ao dia. Para tentar reduzir o custo, a deputada Aline Gurgel apresentou um projeto de lei que classifica o absorvente como um item de cesta básica. Hoje o absorvente é considerado como item de perfumaria. Pela proposta da deputada, alguns impostos que incidem sobre os absorventes poderão ser zerados. Com informações da Rádio Brasil 61

Da redação