Cirurgia em Mandíbula é realizada com sucesso em Bebê, na Santa Casa

Campo Grande(MS) – A anomalia congênita rara caracterizada pelo osso da mandíbula menor, retração da língua e obstrução das vias aéreas, chamada de Sequência de Robin associada à Anomalia (SRA), foi o segundo caso atendido pelo Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Santa Casa de Campo Grande em 2022. O procedimento altamente complexo e moderno foi realizado com sucesso pela equipe liderada pelo cirurgião e chefe do serviço, dr. Everton Pancini.

O paciente operado apresentava um quadro de diversas patologias e uma delas é a Sequência de Robin, mas para dar continuidade nos demais procedimentos, ele precisou começar pela Distração Osteogênica Mandibular para liberar o acesso às especialidades também operarem. Ainda não muito conhecida, a SRA é comum em pacientes neonatais e essa condição dificulta principalmente a respiração e alimentação e, por isso, há necessidade de fazer a cirurgia para que o mesmo tenha uma melhor qualidade de vida.

Por ser uma cirurgia altamente complexa, o procedimento só pode ser realizado em um hospital estruturado como o da Santa Casa de Campo Grande, que também reúne diversas especialidades para acompanhar os casos. “Muitos riscos estão associados à cirurgia, mas nós temos experiência na Santa Casa e, por isso, somos umas das referências nacionais pela quantidade de pacientes abordados e pelo sucesso dos casos. E mesmo não estando no rol contemplativo do Sistema Único de Saúde (SUS) e a indicação cirúrgica também ser criteriosa, o procedimento tem ajudado muitos pacientes, ”, destacou o cirurgião bucomaxilofacial do hospital, dr. Lucas Meurer, um dos responsáveis pelo caso.

Ao longo dos anos, o serviço já realizou outros quatro procedimentos e o número que parece ser pouco se torna honroso tendo em vista que, na região centro-oeste, não há outro hospital que o faça. A cirurgia de “Distração Osteogênica Mandibular” foi realizada pelos profissionais do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial em novembro de 2022, já o dispositivo implantado no paciente (distrator) não tem cobertura pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e adquirido via judicial pela própria família do bebê.

Todos os casos de Sequência de Robin associada à Anomalia (SRA) são evidenciados a partir de aspectos característicos da doença, na qual a cirurgia é o tratamento mais indicado para reduzir sequelas permanentes. De acordo com o cirurgião bucomaxilofacial, dr. Lucas Meurer, essa patologia rara atinge estatisticamente cerca de um a cada 30 mil nascidos vivos, mas ele também reforça que nos últimos anos houve uma incidência acentuada nos casos.

O procedimento e altamente complexo. avaliam médicos.

“Operamos quatro pacientes nos últimos três anos, o que indica o aparecimento de novos casos. E este tem quase um mês de pós-cirúrgico, evoluiu dentro da expectativa esperada e agora retornará em 60 dias para retirada do dispositivo. Os pacientes desta patologia seguem em acompanhamento rigoroso com nossa equipe por meses e até caso seja preciso”, finalizou o cirurgião, dr.  Lucas

Fonte Assessoria da Santa Casa de Campo Grande MS.