Campo Grande(MS) – Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino, no dia 26 de janeiro, já desfalecida quando médicos examinaram e constataram o espancamento e alargamento e ferimentos no ânus da menina, Sophia não resistiu e morreu na mesma noite. A mãe da bebê, Stephanie de Jesus Da Silva, 24 anos, e o padrasto Christian Campoçano Leitheim, 25 anos, tiveram a prisão decretada pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri ainda no dia 26 de janeiro. O pai biológico Jean Carlos Ocampo e o padrasto Igor Andrade fizeram a primeira denúncia quando Sophia chegou na casa deles com marcas de arranhões pelo corpo, levaram a criança ao conselho tutelar que os orientou a fazer um boletim de ocorrência. Depois da denuncia, as agressões aumentaram. Em novembro de 2022 um segundo registro foi realizado depois de Sophia chegar na casa do pai com a perna quebrada, que segundo a mãe da criança, foi por causa de um tombo no banheiro, Stephanie não respeitava as regras da guarda compartilhada e não deixava o pai ver a menina, “Ela dizia que não deixaria a filha com dois homens”, A titular da delegacia de proteção a criança e ao adolescente de Campo Grande, Anne Karine Trevisan, disse que a mãe da Sophia sabia das agressões. Os depoimentos foram enviados ao Judiciário, a delegada disse ainda que contra Cristian já havia queixe de violência domestica feitas pela ex mulher. A mãe da menina não ficou abalada com a morte da pequena Sophia.
Na sexta feira , a polícia civil divulgou o resultado laudo necroscópico da causa da morte da pequena Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, Segundo o laudo, a menina sofreu traumatismo raquimedular na coluna cervical. Além disso ela foi vítima de violência sexual não recente. O laudo foi encaminhado ao Poder Judiciário. O trauma raquimedular se refere à lesão traumática das estruturas neurológicas encontradas no interior da coluna vertebral (medula espinhal, cone medular ou cauda equina). A lesão pode levar a danos neurológicos, temporários ou permanentes, como alterações de sensibilidade e motricidade do tronco e membros. A DGPC, Delegacia Geral de Policia Civil explica mais sobre o caso da morte de manina Sophia em coletiva de imprensa na sede da entidade na manhã desta segunda feira dia 6 de fevereiro.
João Flores Junior
Foto Arquivo pessoal