Ouça; Uso de tela por criança deveria ser por tempo limitado, alerta especialista

Campo Grande(MS) – Qual a mãe que nunca deu um celular para o filho enquanto prepara o jantar ou tenta fazer uma refeição sem interrupção? E com a Carla Lorena não é diferente. Ela é mãe do Leonardo, de dois anos e oito meses, que já sabe direitinho mexer no celular e no tablet. Ela sabe que, para a idade do filho, o tempo máximo de tela por dia é de uma hora. Mas confessa que, principalmente nos finais de semana, acaba extrapolando um pouco esse tempo.

Mesmo com a correria do dia a dia, é preciso estar atento a esse tipo de comportamento. A pediatra Evelyn Eisenstein,  que coordena o Grupo de Trabalho de Saúde na Era Digital, da Sociedade Brasileira de Pediatria garante; tela não é brincadeira de criança.

A médica alerta par aos perigos de uma criança ter um celular e acessar conteúdos como pornografia e estar exposta a pedófilos. Ela entende que alguns momentos as famílias se valem da tecnologia para entreter os pequenos, mas isso não deve ser a regra. Ela dá algumas opções para substituir as telas.

Dra. Evelyn destaca que conviver em família é a melhor estratégia para reduzir o tempo de tela, tanto das crianças quanto dos adultos. Ela sugere duas a três horas de atividades livres, como correr, brincar e fazer exercício, além do tempo de estudo, deveres de casa e contato com amigos e família. A médica explica que os danos do excesso de telas vão desde o aumento dos índices de obesidade a problemas comportamentais.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o tempo de tela recomendado para menores de dois anos é zero. Crianças de dois anos a cinco anos devem se expor a uma hora por dia a celulares e tablets; entre seis e dez anos, o tempo aumenta para duas horas diárias e, para os maiores, a orientação é de até três horas por dia. Todo esse tempo deve ser acompanhado por um adulto.

Da redação