Ouça; Doação de sangue deveria ser habito do cidadão, orienta especialista

Campo Grande(MS)  – Menos de 2% da população brasileira doa sangue regularmente, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O índice está dentro do intervalo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que varia de 1 a 3%. Ainda assim, não é o suficiente para atender a demanda do país.

A campanha do Governo Federal para Junho Vermelho deste ano, mira justamente nesse problema, com o lema “Quando você doa sangue ajuda a salvar muitas vidas, doe sangue regulamente”. O mês é celebrado globalmente com ações para ampliar as doações no mundo todo. O coordenador da Agência Transfusional do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz, Alexandre Vizzone, comenta.

Para doar é preciso cumprir alguns requisitos. Estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos e pesar no mínimo 50kg. No dia anterior, é necessário descaso e boa alimentação. Além disso, a frequência das doações também é controlada, para homens é estabelecido um intervalo de 60 dias entre uma doação e outra e para mulheres o prazo é de 90 dias.

Resfriados também criam os chamados impeditivos temporários. A recomendação é de que se espere sete dias após o fim dos sintomas para doar sangue. Mulheres que acabaram de ter filhos estão liberadas para a doação de 90 dias após o parto normal e 180 dias em caso de cirurgia cesariana. Quem está amamentando deve esperar 12 meses.

Doadores e doadoras que tenham feito tatuagens ou pigmentações definitivas devem aguardar um ano. Algumas vacinas também impedem a doação por determinado período. A vacina da gripe deve ter intervalo de 48 horas antes da coleta de sangue. Já as vacinas contra covid variam de 48 horas a sete dias, a depender da marca.

O especialista ressalta a importância de efemérides, como Junho Vermelho, para incentivar as doações, mas ressalta que as campanhas para manter os estoques dos hemocentros em níveis adequados precisam ser realizadas ao longo de todo o ano.

Ele cita o peso da informação para que esse objetivo seja atingido. O Brasil possui hoje 2.097 serviços de hemoterapia, entre centros de coleta, hemocentros, hemonúcleos, unidades de coleta e transfusão e agências transfusionais.