Presidente de Câmara de MS foi detida em operação do Gaeco na área de fronteira

Campo Grande(MS) – A presidente da Câmara de Paranhos, Elizabeth Brites Benites (PSDB) é um dos alvos  da Operação “Arnaque”, realizada nesta quarta-feira dia 5 de  Julho  pelo Ministério Público  de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).  O MPE não divulgou nomes, mas havia informado que dois vereadores estariam entre os alvos da operação. Um vereador, que preferiu não se identificar, falou do constrangimento de ter um colega detido. A Câmara foi informada que a presidente da Casa teve prisão decretada por cinco dias. Como a Câmara está em recesso, vão aguardar o desenrolar do processo.  A Câmara foi informada que a presidente da Casa teve prisão decretada por cinco dias. Como a Câmara está em recesso, vão aguardar o desenrolar do processo. Na decisão, a juíza May Melke mandou prender a vereadora em cadeia pública ou presídio local.

Segundo MPE, no total são cumpridos 39 mandados de prisão preventiva e 51  mandados de busca e apreensão. A operação também acontece na Bahia (Barreiras), Goiás (Goiânia), Mato Grosso (Sinop), Minas Gerais (Iturama), Paraíba (João Pessoa), Paraná (Araucária, Cascavel, Campo Mourão, Guarapava, Peabiru, Engenheiro Beltrão e Icaraíma) e Piauí (Floriano), todos expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Competência Residual da comarca de Campo Grande.

Entre os alvos,  sete advogados, dois vereadores e outros dois servidores públicos, pela prática de integrar organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e uso de documento falso.

O trabalho identificou duas organizações criminosas lideradas por advogados responsáveis por mais de 70 mil ações judiciais em todas as regiões do país, muitas delas consideradas temerárias pelo Poder Judiciário (praticamente todas as demandas partem da premissa de que empréstimos consignados são forjados).

Segundo a investigação, as organizações criminosas, mediante série de ardis, obtêm procurações de idosos, deficientes e indígenas para, ao final, ajuizarem múltiplas demandas em nome deles contra instituições financeiras, terminando cerca de 10% dos casos com procedência; quando não são feitos acordos em massa com instituições financeiras.

Segundo a investigação, os envolvidos  exploravam pessoas em grave situação de pobreza e vulnerabilidade social e movimentaram cerca de R$ 190 milhões em menos de cinco anos de atividade. A palavra Arnaque, em francês , quer dizer golpe. Com informações do Investiga MS

Da redação.

foto Divulgação