Ouça; Pesquisadores defendem transparência de recursos na rede social

Campo Grande(MS) – A falta de transparência e fiscalização adequada nos impulsionamentos de conteúdos patrocinados nas redes sociais leva à divulgação em massa de anúncios golpistas e falsos no meio digital. A conclusão é da equipe de pesquisa do Netlab, Laboratório de Internet e Mídias Sociais da UFRJ com base na série de estudos realizados em parceria com a organização internacional Global Witness.

Durante mais de um ano, as pesquisas tiveram como foco as plataformas do grupo Meta, que controla, entre outros, o Instagram, Facebook, Whatsapp. Os problemas identificados, de acordo com os pesquisadores, podem impactar a segurança e privacidade dos usuários e até mesmo a estabilidade democrática de um país.

Carlos Eduardo Barros, coordenador de projetos e pesquisador assistente do Laboratório destaca que muitos dados importantes dos anúncios não são públicos e que é fundamental que haja transparência das informações nessas plataformas.

De acordo com o pesquisador, a moderação dos anúncios pelas plataformas inclui várias etapas e tanto a análise computacional como a humana são bastante precarizadas, principalmente em países mais periféricos.

Um dos estudos, divulgado pela Netlab em fevereiro, identificou a veiculação de ao menos 185 anúncios de caráter golpista, como ameaças à integridade das urnas eletrônicas e incitações de golpe após a eleição do presidente Lula, 151 deles, de acordo com o estudo, não foram classificados adequadamente pela Meta.

Os pesquisadores defendem a regulamentação do assunto, com a participação da sociedade e debate sobre transparência e acesso aos dados. Em nota, a Meta informou que pequenas amostras de anúncios não são representativas da escala do trabalho que é feito nas plataformas e que antes e depois das eleições de 2022,no Brasil, centenas de milhares de conteúdos foram removidos por violação das políticas da empresa. A Meta informou ainda que investe significativos recursos para proteger as pessoas de anúncios enganosos. Com informações da Rádio Agência Nacional.

Da redação

Foto Conselho Nacional de Justiça.