Ouça; Governo adota medida para combater o racismo no Esporte

Campo Grande(MS) – Elas foram feitas por um grupo técnico criado pelo Ministério do Esporte depois de mais um caso de racismo no futebol, em junho. Naquela vez, os ataques foram contra o assessor pessoal do jogador Vini Júnior, durante o amistoso do Brasil contra a Guiné na Espanha, mas em maio o atacante brasileiro já tinha sido vítima de racismo no país europeu, jogando pelo Real Madrid, como lembrou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Para combater a prática no esporte, o grupo técnico preparou um relatório com propostas que vão servir de base para um programa nacional contra o racismo. São 18 ações, envolvendo entidades esportivas, atletas, torcidas e o acesso à justiça. Entre elas, estão a criação de selo e de prêmio para entidades esportivas antirracistas, a oferta de assistência psicológica para atletas negros e parcerias educativas entre torcidas organizadas e coletivos.

Além disso, será proposta a criação de uma Autoridade Nacional para Prevenção e Combate à Violência e à Discriminação no Esporte. E um acordo de cooperação entre o Governo Federal e a CBF, a Confederação Brasileira de Futebol, deve ser firmado.

O objetivo é combater a violência nos estádios, por meio da identificação dos racistas, como explicou o secretário de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Marivaldo Pereira.

Para a ministra do Esporte, Ana Moser, todas essas ações representam o início dos trabalhos.

Segundo Ana Moser, parte das ações serão implementadas ainda este ano e parte o ano que vem. Também para combater o racismo, a CBF adotou desde janeiro a possibilidade de punição a clubes. Os casos serão encaminhados à Justiça Desportiva para aplicação de multa, perda de mando de jogo ou pontos ao clube infrator. Com informações da Rádio Agência Nacional.

Da redação

Foto CBF Confederação Nacional de Futebol