MS ajuda na construção de Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Campo Grande(MS) – “Nada sobre nós, sem nós”. A frase dita pela influencer Gláucia Lopes, mulher com deficiência física e mobilidade reduzida, é o nome do movimento que ela representa em Campo Grande e o lema das pessoas com deficiência na luta pela construção de políticas públicas.

Nesta sexta-feira, Gláucia e dezenas de pessoas com deficiência, além de representantes dos municípios e da sociedade civil participam do “Viver sem Limite 2”, caravana do Governo Federal que veio a Mato Grosso do Sul coletar propostas e acolher demandas para a criação do Plano Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência.

“A gente vem para pontuar o que são as nossas necessidades. Não tem como fazer boas políticas sem nos consultar, senão estas políticas não vão chegar às pessoas com deficiência. A gente escuta muito o termo ‘guerreiro’, e eu sempre repito a seguinte fala: não precisaríamos ser guerreiros se houvesse acessibilidade”, explica Gláucia.

O Estado de Mato Grosso do Sul é a sexto a ser visitado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, através da Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência. Campo Grande recebe a caravana depois de São Paulo, Salvador, Natal, Teresina e Florianópolis.

“Agora a gente retoma o Viver Sem Limite com uma abordagem de entender a pessoa com deficiência como sujeita de direitos, o que significa ter políticas públicas para que estas pessoas acessem, da mesma forma que as demais, as oportunidades com acessibilidade e políticas que estimulem a inclusão”, ressalta a secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella.

Para a secretária, para que esta população tenha direitos equiparados, é preciso traçar políticas públicas acessíveis para todos os tipos de deficiência.

“A gente precisa entender a deficiência como uma construção social em torno do sujeito que apresenta algum impedimento que pode ser de ordem física, motora, intelectual ou alguma questão sensorial, que em contato com as barreiras que ele encontra na sociedade os impede de participar da sociedade em equiparação de direitos”, completa.

Da redação

Foto Matheus Carvalho/Setescc