OUÇA: Senadora do MS quer liberação de cigarro eletrônico em todo o Brasil

Campo Grande(MS)    – “Parem com as mentiras”. Esse é mote da campanha lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para proteger as pessoas do assédio da indústria do tabaco. Segundo o diretor-executivo da Fundação do Câncer, o cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, apesar de o Brasil ter avançado na política de combate ao tabaco, com uma redução de fumantes de 34% para menos de 10%, existe uma pressão grande da indústria para a liberação dos cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes ou pods, que são proibidos no país desde 2009. Para ele, essa pressão é um retrocesso.

Um projeto de lei em tramitação no Senado propõe a liberação e a comercialização desses cigarros. A autora da proposta, senadora Soraya Thronicke( Podemos- MS) argumenta que apesar de ilegal, já existe o uso desses dispositivos eletrônicos. No entanto, Luiz Augusto Maltoni, explica que esse projeto vai contra toda a política nacional de controle do câncer existente no país.

Além do prejuízo direto à saúde humana, a Fundação do Câncer alerta que cigarro eletrônico também danifica o meio ambiente, visto que o líquido usado nos vaporizadores contém quantidades significativas de substâncias tóxicas. Os resíduos de cigarro eletrônico não são biodegradáveis, e os cartuchos  ou dispositivos descartáveis se decompõem em produtos químicos que poluem o meio ambiente.

Da redação

Foto Estado de Minas.