OUÇA: Estado avança na produção de celulose e Instituto aponta necessidade de qualificar mão de obra

Campo Grande (MS)– Responsável por quase 25% da produção nacional de celulose, com 5 milhões e meio de toneladas por ano, Mato Grosso do Sul vai se consolidar, com folga, como maior exportador da matéria-prima e principal polo da indústria no país nos próximos anos.

Além do Projeto Cerrado da  Suzano, a chilena Arauco escolheu o município de Inocência para investir R$ 15 bilhões em sua primeira fábrica de celulose no Brasil e a Eldorado, que está instalada em Três Lagoas há mais de uma década, segue com planos de expansão e o mercado aposta que a Bracell, do grupo asiático RGE, pode anunciar uma fábrica no Estado já no próximo ano. Especulação ainda não confirmada pela empresa.  Não foi à toa que o Estado se tornou destino preferencial de megaempreendimentos de celulose de eucalipto e papel nos últimos anos. A vocação começou a ser construída entre os anos 70 e 80, quando o governo federal concedeu incentivos fiscais para essa cultura na região, e a área plantada chegou a 500 mil hectares, e agora é acompanhada dos investimentos industriais. No início dos anos 2000 a antiga Votorantim Celulose e Papel  assumiu o projeto embrionário de fábrica da International Paper (IP) em Três Lagoas. A unidade saiu do papel, foi duplicada e hoje é operada pela Suzano. Vieram, então, a Eldorado, o novo projeto da Suzano e o projeto Sucuriú da Arauco, que já prevê duas fábricas. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Árvores, Paulo Hartung, um dos desafios do Estado é aprimorar a mão de obra para impulsionar a economia local. 

SONORA

Paulo Hartung reforça que Mato Grosso do Sul é o protagonista do desenvolvimento do setor no país. 

SONORA

Hoje com mais de 1,2 milhão de hectares de eucalipto, concentrados na costa leste, Mato Grosso do Sul caminha para tomar de Minas Gerais a liderança em área plantada desse tipo de árvore nos próximos dois anos.