Leia o artigo, Para ser mulher, acima de tudo, tem que ser Valente!

As lutas das mulheres pelos seus direitos e pela conquista dos seus espaços, nem de longe devem ser comparadas com anarquia e muito menos com a perda da feminilidade. As mulheres nunca quiseram ser iguais aos homens e muito menos tomar os lugares deles, mas sim requererem os seus próprios lugares que, de certa forma, foram usurpados pela classe masculina, principalmente no tocante ao ambiente de trabalho.

            E essa luta das mulheres já vem desde que elas são meninas. O filme de animação “Valente” da Disney/Pixar, mostra isso de um modo tão lúdico que a gente acaba não percebendo que a personagem Merida, além do fato de ter que disputar com os outros primogênitos da tribo pelo direito de decidir sobre o seu destino matrimonial, ainda tem que encarar o desafio de crescer e se tornar mulher, numa batalha constante entre manter as tradições familiares, e seus ordenamentos, e o seu desejo de fazer suas próprias escolhas e descobrir, durante estas batalhas, o seu próprio tempo de crescimento e amadurecimento. E isso tudo, dentro dos seus 16 anos. Entretanto, mesmo que durante a história ela foi incorporando uma série de características vistas como do “mundo masculino”  como ser “um ás no uso do arco e flecha”, em momento algum perde e nem se desfaz da sua feminilidade, mas trava uma batalha árdua para conseguir aquilo que considera essencial e vai se “empoderando” daquilo que gosta e quer para sua vida e principalmente, por aquilo que ela sabe, sem ser arrogante, que tem direito.

            O filme tem outras pequenas histórias contadas nas suas entrelinhas que também têm suas importâncias, mas a relevância aqui, é a garra e a determinação de uma garota que luta por aquilo que sabe que é dela por direito e, como acontece com todos nós, também comete alguns erros e deslizes nessa busca. Entretanto, tem umas frases do próprio filme que explicam e chancelam todo este enredo: que “a superação só vem depois do arrependimento” e que “o destino está dentro de nós e temos que ser valentes o suficiente para podermos vê-lo”!

Por; Percival Lelo Gomes